A Vivo experimentou na semana passada a tecnologia 5.5G em um site na cidade de Campinas (SP). A antena foi ativada entre 10 e 17 de março, período da convenção dos funcionários da companhia. O teste ligou a rede móvel na frequência de 26 GHz. Ao todo, a operadora dispôs de 700 MHz de largura de banda, combinando 100 MHz da faixa de 3,5 GHz, já usada regularmente na quinta geração, a 600 MHz das ondas milimétricas.
Segundo a empresa, foi utilizada uma funcionalidade de conectividade dual (NRDC). Dessa forma, a empresa registrou picos de velocidade de download de até 6,7 Gbps, e média de 5,5Gbps. Essa é, até o momento, a maior velocidade registrada em um site em rede ativa na Vivo.
A operadora vê no 5.5G uma forma de diversificar receitas, em conjunto com a inteligência artificial (IA) e a computação em nuvem. “O uso do 5.5G, além de desenvolver o mercado de entretenimento, pretende abranger projetos de cidades inteligentes, FWA de alta capacidade, veículos e estádios”, afirma a companhia, em comunicado. No B2B, a Vivo prevê aplicações do 5.5G em serviços baseados na tecnologia RedCap (CPE 5G com capacidade reduzida) e Internet das Coisas (IoT) passiva.
A Vivo não informa com qual ou quais fornecedores realizou os testes, quais terminais utilizou, se a velocidade foi de um dispositivo FWA ou de um smartphone, nem qual fabricante dispôs dos equipamentos em Campinas. Vale lembrar que neste ano a Huawei, fabricante chinesa, apresentou o 5.5G durante o Mobile World Congress, em Barcelona (Espanha). Outros fabricantes costumam utilizar o nome 5G Avançado (5G Advanced).
A padronização do 5.5G, ou 5G Avançado, ainda está ocorrendo. A 3GPP, organização que reúne engenheiros, pesquisadores e empresas, está ainda finalizando o Release-18 do 5G. O documento vai definir que conjunto de tecnologias precisa existir para ser 5G Avançado. A previsão da entidade é que o trabalho seja concluído ainda neste semestre.