Startup da área de governo investe R$ 30 milhões em hardware e infraestutura específicos para IA

A IPM Sistemas, GovTech que desenvolve softwares para municípios do Sul e Sudeste do País, anunciou o investimento de R$ 30 milhões na implantação de uma das primeiras infraestruturas especializadas em projetos de Inteligência Artificial no País.

A compra de hardware (equipamentos e chips específicos para IA fabricados pela NVIDIA e Dell) vai consumir mais de R$ 5,5 milhões. O restante dos recursos será aplicado em estrutura de links, espaço em data center e outras tecnologias necessárias para o funcionamento dos equipamentos especializados, com prioridade para performance aliada ao desenvolvimento sustentável.

“A inteligência artificial tem potencial para transformar muito do que fazemos na sociedade, em empresas e governos. Na gestão pública, tem um papel importante em reduzir gastos e aumentar a qualidade dos serviços essenciais. Queremos estar entre os protagonistas desse movimento no Brasil”, diz a vice-presidente da empresa, Lúcia Mees. As pesquisas em andamento miram em soluções nas áreas de saúde, educação, planejamento urbano e atendimento.

Dara, como foi batizada a inteligência artificial desenvolvida pela startup para o setor público, processa milhões de dados e usa tecnologia de redes neurais profundas para executar atividades tão distintas quanto identificar as causas de eventuais aumentos na evasão escolar, indicar o melhor local para receber uma nova escola ou posto de saúde e antecipar o prognóstico de doenças (diabetes, AVC e infarto, por exemplo).

“Queremos criar tecnologias que façam a diferença para a sociedade, e nisso vemos um grande potencial inexplorado em soluções especializadas. Isso se diferencia um pouco do mercado de IA, que recentemente tem focado em aplicações generalistas”, diz a engenheira Ana Mees, Head de Inteligência Artificial na IPM. Responsável por liderar a equipe que desenvolveu Dara, ela explica que o investimento em infraestrutura, acompanhado pelo fomento à pesquisa e desenvolvimento, vai possibilitar que a empresa avance em áreas ainda não exploradas.

O funcionamento das ferramentas já desenvolvidas mostra que o potencial de expansão é enorme. A aplicação em saúde, por exemplo, analisa inúmeros dados de saúde do paciente para alertar com anos de antecedência que o indivíduo está propenso a sofrer com o diabetes. “A decisão final é sempre do médico. Mas esse prognóstico pode servir de alerta para a necessidade de ações preventivas, pois a IA pode compreender situações que nós, seres humanos, muitas vezes não percebemos,”, diz Ana Mees.

A inteligência artificial também pode impactar o cidadão em tarefas do dia a dia. A própria Dara utiliza algoritmos de processamento de linguagem natural em um assistente virtual capaz de se comunicar de forma fluida com o interlocutor.

“Pode ser muito frustrante tentar resolver um problema e se deparar com um chatbot no WhatsApp que não ajuda. Partimos disso para oferecer uma solução que entende o que o usuário vai solicitar, decifrando a intenção. Ela tem a capacidade de compreender e dar uma resposta mais adequada e rápida ao cidadão, chegando à solução de forma eficiente”, diz Ana Mees.

Na prática, o algoritmo imita a capacidade humana de aprendizado – e torna mais natural a conversa. A IA foi treinada com milhares de perguntas diferentes da população, baseadas em demandas recebidas nos serviços públicos. Diante de uma mensagem do cidadão, Dara pode resolver o problema ou indicar o caminho mais prático para que a solução seja encontrada por outros meios.

O investimento em Inteligência Artificial é um passo natural na história da IPM Sistemas, que completou 27 anos de mercado. A empresa, que hoje atende mais de 850 órgãos de governo, foi pioneira na oferta de soluções 100% em nuvem para a gestão pública. “Buscamos sempre ocupar espaço de referência na criação de tecnologia com impacto social mais amplo. O investimento em infraestrutura de IA nos permite atender a demanda crescente e, principalmente, ocupar posição de liderança no desenvolvimento de tecnologias emergentes”, diz Lúcia Mees.

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