Um novo estudo da Cisco revela um paradoxo entre os CEOs. Embora 4 em cada 5 reconheçam os benefícios potenciais da Inteligência Artificial (IA) e quase todos planejem integrá-la em suas operações, muitos temem que as lacunas de conhecimento possam dificultar as decisões. Em nível mundial, 74% dos executivos consultados relataram essa preocupação. Já na América do Sul, esse percentual sobe para 77%.
O levantamento mostra ainda que 58% dos CEOs ouvidos no mundo temem pela possibilidade desse gap no conhecimento também limitar o crescimento a ponto de colocar em risco as oportunidades de mercado e ficar atrás em relação aos concorrentes. No entanto, os CEOs não estão parados. Com o apoio de líderes de TI e parceiros de confiança, planejam capacitar os seus colaboradores, modernizar a infraestrutura e reforçar a segurança cibernética para aumentar a sua vantagem competitiva num futuro impulsionado pela IA.
O Diretor de Produtos da Cisco, Jeetu Patel, ressalta a urgência em agir: “Em um cenário dinâmico onde a concorrência é acirrada, a velocidade decide os vencedores. Os líderes que agem hoje de forma decisiva para construir redes resilientes e preparadas para o futuro serão os líderes avançados em IA que geram valor real para os seus negócios. Eventualmente, existirão apenas dois tipos de empresas: aquelas que são empresas de IA e aquelas que são irrelevantes.”
CEOs temem os custos crescentes da inação
A pesquisa da Cisco mostra que mais de 70% dos CEOs estão preocupados com a possibilidade de “perder espaço” para os concorrentes e também oportunidades devido aos gaps de TI e de infraestruturas – receios que já estão representando perdas reais. Mais da metade dos CEOs (53% de CEOs no mundo e 52,1% na América do Sul) importa-se com o fato da falta de investimento em tecnologia estar custando-lhes vantagem competitiva, enquanto dois terços estão preocupados com os custos de não investir mais em tecnologia. Os custos dessa inação não são cenários hipotéticos. Se não investirem em tecnologia agora, os CEOs esperam custos operacionais mais elevados, lucros mais baixos, produtividade reduzida e menor participação de mercado.
Agindo enquanto os outros ficam para trás
Para os líderes que confrontam os seus medos, as recompensas serão grandes. Os CEOs estão recorrendo à IA pelo seu potencial transformador de: impulsionar a eficiência (para 69% deles), estimular a inovação (para 68% deles) e superar os concorrentes (para 54% deles). Mas para cumprir todo esse potencial, os CEOs precisam se livrar das barreiras que os impedem de usar mais a IA: escassez de competências, limitações de infraestrutura e riscos de segurança (Figura 1).
(Figura 1: Barreiras para os CEOs usarem mais a IA)
Embora os CEOs se concentrem na visão geral, os seus CIOs e CTOs enfrentam frequentemente desafios operacionais, incluindo a falta de casos de uso convincentes – um desafio que os CEOs têm menos (apenas 30%, conforme figura 1). Essa tensão talvez reflita a fase exploratória da IA, onde 82% dos CEOs que reconhecem os benefícios potenciais da IA apoiam a experimentação no curto prazo para descobrir valor no longo prazo.
“Empresas inteiras serão transformadas se conseguirem desbloquear o potencial da IA para inovar mais rapidamente, simplificar as suas operações e adaptar-se às disrupções digitais, mas ninguém pode fazer isso sozinho. É por isso que 96% dos CEOs confiam em seus parceiros para dar este salto.” destaca Oliver Tuszik, presidente da Cisco EMEA.
O plano dos CEOs: pessoas, infraestrutura e segurança cibernética
O levantamento da Cisco revela o plano dos CEOs, globalmente, para transformar o medo em progresso – investindo em conhecimentos e competências, atualizando a infraestrutura e melhorando a segurança para se prepararem para as exigências da IA (Figura 2).
Para os CEOs da América do Sul, os dados são relativamente parecidos: 63,8% afirmam investir em conhecimento e competências para IA, 51,5% em atualizar sua infraestrutura de rede e 46,6% em melhorar a segurança.
(Figura 2 – os planos dos CEOs para impulsionar a IA)
A concretização deste modelo exigirá uma liderança tecnológica decisiva, tanto dentro da empresa como através de parcerias confiáveis. Os CEOs estão cada vez mais atentos aos seus CTOs e CIOs, com quase 80% deles reconhecendo o papel vital desses executivos na orientação das decisões de negócios e de investimento. Cada vez mais, os líderes tecnológicos são líderes empresariais que veem as redes e a tecnologia modernas não apenas como ferramentas, mas como facilitadores do crescimento, da resiliência e da inovação.
Os CEOs sabem que não podem cumprir o seu plano sem apoio especializado: 96% estão recorrendo a parceiros de confiança para preparar sua rede para a IA no futuro. Com uma liderança tecnológica ousada dentro e fora das suas organizações, os CEOs têm a expertise necessária para enfrentar as incertezas e traduzir o potencial da IA em resultados tangíveis.