BCG projeta aumento de 60% nos investimentos em IA nos próximos três anos

BCG projeta aumento de 60% nos investimentos em IA nos próximos três anos

A nova edição do AI Radar, estudo global que captura as percepções dos executivos sobre inteligência artificial (IA) feito pelo Boston Consulting Group (BCG), mostra que 80% das empresas priorizam a tecnologia na sua estratégia e 62% dos executivos veem a IA como promissora, mas ainda sem valor tangível no Brasil.

Intitulado From Potential to Profit Closing the AI Impact Gap, o estudo se baseia em pesquisa com 1.803 executivos C-level em 19 países – incluindo o Brasil – e 12 setores. O levantamento revela que, embora a IA seja uma das três prioridades estratégicas para 75% dos respondentes globais, apenas um quarto deles relata ver valor significativo da solução em suas iniciativas.

Por conta disso, o BCG projeta um aumento de 60% nos investimentos em IA nos próximos três anos. Em 2025, uma em cada três companhias globais planeja alocar mais de US$ 25 milhões para IA, com diferenças importantes entre os países representados no estudo. Enquanto no Japão 47% das organizações pretendem chegar a este nível de investimento, no Brasil apenas 14% têm a intenção de destinar esse mesmo montante para a tecnologia.

“As empresas consideradas líderes no tema estão investindo estrategicamente em IA, direcionando mais de 80% de seus recursos para transformar funções centrais e criar novas ofertas. Porém, o estudo revela uma lacuna significativa: globalmente, 60% das empresas ainda não definem ou monitoram KPIs financeiros para suas iniciativas de IA, o que resulta em um ROI 2,1 vezes menor em comparação com aquelas que estabelecem metas claras”, explica Caio Guimarães, diretor executivo e sócio do BCG. “No Brasil, essa também é a realidade. Embora 72% das empresas planejem aumentar seus investimentos em IA (em patamares mais moderados comparados com a média global), 42% dos respondentes não monitoram o valor gerado por essas tecnologias. Isso demonstra uma desconexão entre o potencial investimento e a clareza sobre seus resultados”, comenta Guimarães.

De acordo com o executivo, também há desafios relacionados à confiança na IA. O estudo destaca que 79% dos pesquisados brasileiros expressam insegurança em relação à tecnologia, principalmente devido a preocupações com privacidade e segurança de dados (74%), falta de controle ou compreensão das decisões de IA (44%) e barreiras regulatórias (41%).

Outro ponto crítico é a capacitação. No Brasil, 75% das empresas enfrentam dificuldades para atrair talentos em IA ou requalificar seus times. Apenas 20% das organizações têm mais de 25% de sua equipe treinada nessas tecnologias, evidenciando a necessidade de ações robustas para formação e qualificação.

“Em termos de força de trabalho, a grande maioria dos executivos espera impacto em produtividade e ressignificação do quadro atual, sem afetar a quantidade de funcionários. A minoria (7%) acredita que a IA acarretará uma redução de pessoas devido a automação. Há ainda uma parcela de 8% que acredita que a IA possa até criar mais vagas, adicionando novas habilidades necessárias à força de trabalho atual”, finaliza Guimarães.

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