Proposta de Wagner para desoneração da folha preocupa as teles

Proposta de Wagner para desoneração da folha preocupa as teles

As operadoras de telecomunicações estão preocupadas com os rumos das negociações no Senado para a manutenção da desoneração da folha de pagamentos em função da proposta de substitutivo apresentada ontem por Jaques Wagner. Em seu texto, o relator da Casa propôs fontes de compensação para a prorrogação do benefício, e entre as quais, aumento da taxa incidente no pagamento de juros sobre capital.

Foto: Vinicius Loures / Câmara dos Deputados
Presidente-Executivo da Conexis Brasil Digital, Marcos Ferrari. | Foto: Vinicius Loures / Câmara dos Deputados

A medida afeta diretamente empresas abertas, que utilizam do JCP para remunerar acionistas. É o caso de Telefônica Vivo e TIM. Ambas as operadoras são associadas da Conexis Brasil Digital, entidade que representa também Claro, Algar e Sercomtel, e que hoje, 15, se manifestou a respeito do assunto.

“A Conexis Brasil Digital, enquanto representante do setor de telecomunicações e conectividade do país, vê com preocupação qualquer proposta que aumente a taxação dos Juros sobre Capital Próprio (JCP)”, diz a Marcos Ferrari, presidente-executivo da entidade.

Ele defende a desoneração, mas sem mudanças em JCP, pois isso pode levar a insegurança jurídica, prejudicar os investimentos das empresas e até reduzir a entrada de capital estrangeiro no mercado brasileiro. “O setor de telecomunicações entende que o JCP deve ser analisado dentro de um contexto mais amplo de reforma dos tributos da renda”, acrescenta o executivo.

O pagamento de juros sobre capital é uma das principais estratégias para captação de recursos por parte das empresas brasileiras, garante. E explica: “Uma consequência direta desse método é a redução do nível de endividamento das empresas, uma vez que equipara o custo com o de captação de financiamento externo, ampliando investimentos e a geração de emprego”.

A sugestão de mexer na taxação dessa remuneração a acionistas, como consequência, avalia ele, vai encarecer investimentos para o setor, que é intensivo em uso de capital.

“O aumento da taxação impacta negativamente a eficácia desse importante instrumento, contribuindo não só para o aumento da carga tributária das empresas, como também com um significativo aumento do custo de capital das companhias. Assim como o fim da desoneração, o aumento do imposto de renda sobre JCP prejudica os empregos”, finaliza.

O projeto foi pautado na sessão plenária do Senado de ontem, quarta-feira, mas não foi apreciado. A votação agora está prevista para acontecer na próxima semana.

A desoneração da folha de pagamento, em vigor desde 2011, permite que as empresas recolham de 1% a 4,5% sobre a receita bruta em vez de 20% sobre o salário dos empregados. Atualmente, beneficia 17 setores, incluindo TICs. O acordo pela reoneração prevê um acréscimo gradual, sendo: 5% (sobre a folha) em 2025, 10% em 2026, 15% em 2027 e 20% em 2028.

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