Com as redes 5G se consolidando, a próxima evolução, o 5.5G, já está a caminho, prometendo não apenas otimizar a eficiência das redes móveis, mas também abrir portas para um novo mundo de conectividade. Testes iniciais indicam que essa transição trará maior capacidade para suportar dispositivos, menor latência e avanços importantes em setores emergentes, como transporte autônomo e saúde conectada. No entanto, a tecnologia ainda enfrenta desafios antes de ser disponibilizada em larga escala.
Além disso, o 5.5G é apenas o prelúdio para o 6G, que promete uma transformação mais radical. Combinando inteligência artificial, redes mais rápidas e maior cobertura, o 6G tem potencial para revolucionar a experiência do usuário e acelerar a adoção de tecnologias emergentes, como realidade aumentada, em um ritmo sem precedentes – algo que já se ouviu pra o 5G, é verdade.
Evolução do 5G
O 5.5G está sendo desenvolvido para elevar o desempenho das redes 5G. As melhorias incluem maior eficiência espectral, capacidade para suportar mais dispositivos e melhorias no tempo de resposta. Entre as inovações do 5.5G está o aprimoramento das redes de acesso por rádio (RAN) e a expansão da comunicação de máquina a máquina (M2M), ampliando as possibilidades de aplicação em setores como transporte autônomo e saúde conectada.
Para Carlos Roseiro, diretor de marketing de TIC da Huawei, o 5.5G está pronto para ser oferecido às operadoras, porém “não tem aparelhos que o suportam até o momento no mercado”, afirmou.
Contudo, pensando no 6G, Roseiro afirma que o 5.5G é um caminho para chegar ao 6G, mas em decorrência desse salto de geração equipamentos que suportem essa ação são necessários. “Eu diria que é um caminho. Mas é importante destacar que, quando saltamos uma geração, de 5 para 6, a gente está falando de uma geração completamente diferente. Normalmente isso implica equipamentos diferentes”, disse.
E ele ainda completou. “O 5.5 é uma evolução. Então, eu preciso de uma antena adequada para agregar mais frequências. Uma antena nova. Então, é um caminho, como aconteceu com o 4.5G. Terminou o 4 e foi para o 4.5, o 5G, aí já teve que ser uma coisa nova. Uma evolução”, concluiu.
Evolução para rede móveis
De acordo com André Sarcinelli, Diretor de Engenharia da Claro, o 5.5G traz uma evolução significativa para as redes móveis. “A cada nova geração da telefonia móvel, muitas transformações acontecem. No caso do 5.5G, a Claro testou a tecnologia em sua rede de Brasília no início do segundo semestre, obtendo resultados satisfatórios”, afirmou.
Sarcinelli ainda destacou que funcionalidades como agregação de bandas mmW e TDD ainda estão em desenvolvimento para o fornecimento massivo. “Ainda é cedo para falar sobre o futuro desta tecnologia, mas ela poderá trazer um uso mais eficiente dos recursos da rede, capacidade para mais usuários, menor consumo de energia e redução de elementos físicos nas estações rádiobase”, explicou.