
Os representantes dos países e organizações integrantes do G20 assinaram nesta sexta-feira, 13, em Maceió (AL), a declaração ministerial final do Grupo de Trabalho (GT) de Economia Digital do G20, que será enviada para a Cúpula de Líderes da organização, que será realizada em novembro. O documento reúne consensos sobre eixos prioritários, entre eles, diretrizes para indicadores que devem guiar as metas de conectividade universal e significativa, incluindo o custo da conexão para o usuário.
Como já previsto pelo GT desde o início das reuniões, em fevereiro deste ano, propõe-se a padronização de uma estrutura de indicadores para indicar o estágio da conectividade significativa de cada país, a ser implementada contando com a colaboração do setor privado “inclusive por meio do acesso voluntário a dados anonimizados”.
O documento parte do princípio que “embora a infraestrutura permita que 95% da população mundial acesse a internet, o uso ‘real’ fica para trás, destacando a necessidade de mais do que apenas infraestrutura”. “As barreiras à adoção incluem acessibilidade, disponibilidade de dispositivos, habilidades digitais e alfabetização digital, qualidade da conexão, confiabilidade e acessibilidade de conteúdo”, complementa.
Indicadores
O documento é uma declaração de intenções, portanto, não traz valores, mas sim diretrizes para medida a conectividade significativa. Elas divididas em seis dimensões e seus respectivos aspectos, são eles:
- Acessibilidade financeira
- Preço da ligação à Internet fixa em domicílio;
- Preço do plano de dados móveis;
- Preço de dispositivos móveis e fixos; e
- Disponibilidade de pacote de dados ilimitado;
- Qualidade da conexão
-
- Domicílios com acesso a ligações de banda larga;
- Domicílio com acesso à conexão banda larga por tecnologia e velocidade; e
- Conexão móvel por tecnologia (por exemplo, 4G, 5G)
- Disponibilidade e uso da rede
- Frequência de uso da internet; e
- Percepção de que as condições de uso atende a demanda, por tipo de local (por exemplo, casa, local de trabalho, local de ensino)
- Dispositivos
- Posse de smartphone;
- Disponibilidade de dispositivos no domicílio (número e tipo); e
- Uso diversificado de dispositivos (por exemplo, smartphones, computadores)
- Habilidades e letramento digitais;
- Alfabetização informacional e de dados; e
- Comunicação e colaboração
- Segurança
- Adoção de medidas de segurança; e
- Adoção de procedimentos de privacidade
Outros eixos
A declaração também traz recomendações nos temas de governo digital; integridade da informação e confiança no ambiente digital; e inteligência artificial para o desenvolvimento sustentável.