Em mais uma assembleia realizada nesta quarta-feira, 7 de agosto, os servidores das agências federais rejeitaram a proposta de reajuste apresentada pelo governo no dia 29 de julho. Foram 1.587 votos contrários à proposta, 99% dos votantes, e apenas oito favoráveis.
A oferta do governo, apresentada durante a quinta reunião da mesa de negociação com o Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências) pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), previa um reajuste de 14,4% para os servidores do Plano Especial de Cargos (que são os servidores antigos, aqueles oriundos de órgãos que existiam antes da criação das agências) e 23% para os de carreira (aqueles servidores que entraram via concurso público), dividido em duas parcelas (no ano que vem e em 2026).
De acordo com o Sinagências, a proposta “não alcança nenhum item da pauta não-remuneratória e de fortalecimento das agências”. O sindicato ainda afirma que “a pauta remuneratória busca garantir o devido reconhecimento à categoria e o fim das disparidades apontadas por ministros do próprio governo em ofícios endereçados ao MGI”.
Uma nova rodada de negociações está marcada para o próximo dia 13 de agosto, em Brasília. Segundo o Sinagências, a data foi confirmada pelo MGI no dia 2, antes mesmo da assembleia de hoje, após o sindicato já ter sinalizado que a proposta seria rejeitada pelos servidores federais.
Na assembleia realizada nesta quarta-feira, os servidores aprovaram ainda uma nova paralisação geral dos serviços das 11 agências reguladoras, entre elas, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), por um período de 72 horas, entre os dias 12 e 14 de agosto.
Com essa paralização, serão afetados os serviços realizados em portos e aeroportos; a outorga de novos empreendimentos de geração e transmissão de energia elétrica; as outorgas e autorizações para novos empreendimentos de mineração; a fiscalização de transporte rodoviário regular e clandestino de passageiros, entre outros.