Caso o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PB IA) se confirme, o Serpro deve ter um papel importante com sua nuvem e participar da execução. O plano prevê que a nuvem seja nacional e garanta a soberania do tratamento dos dados do País. Se o PBIA não sofrer mudanças até a publicação definitiva, a estatal calcula que terá de investir R$ 710 milhões, do R$ 1 bilhão, previsto.
O plano prevê uma nuvem gerida exclusivamente por órgãos ou empresas públicas, com o desafio de proteger dados sigilosos, garantir a privacidade, a disponibilidade e a gestão apropriada das informações hospedadas. De acordo com o Serpro, sua Nuvem de Governo consegue atender as exigências.
A empresa estatal de tecnologia observa que a Nuvem de Governo, lançada em novembro de 2023, já teve sua capacidade aumentada com a implantação de mais recursos computacionais e novas tecnologias, como soluções de IA, que serão treinadas dentro da cultura e linguagem brasileiras.
“Em novembro deste ano, o Serpro vai praticamente dobrar a capacidade de infraestrutura, de armazenamento de dados, e com uma perspectiva muito importante de uso de inteligência artificial. A empresa terá a possibilidade de, junto com o governo federal e com a sociedade, lidar com as questões éticas e culturais da programação da IA, que são indispensáveis para a nossa soberania”, afirma o presidente do Serpro, Alexandre Amorim.
Nuvem soberana
A Nuvem de Governo foi uma resposta do Serpro à Portaria SGD/MGI nº 5.950 de outubro de 2023. O documento estabelece o modelo de contratação de software e de serviços de computação em nuvem dos órgãos governamentais e determina que os dados tratados em ambiente de nuvem devem ser armazenados em data centers localizados em território brasileiro.
Segundo o Serpro, apenas outras cinco iniciativas no mundo possuem uma tecnologia soberana como a da empresa de TI brasileira.
“A Nuvem de Governo do Serpro pode ser chamada de soberana porque possui completa autonomia tecnológica, operacional e de dados, com uma governança total sobre todos os recursos envolvidos”, explica o Serpro.
Ao serem armazenados e processados dentro do território nacional, os dados não ficam sujeitos a jurisdições estrangeiras, mas podem ser auditados de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). (Com assessoria de imprensa)