A Giga Mais Fibra (do grupo Alloha Fibra) vai acessar linha de crédito no valor de R$ 148,33 milhões do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) para financiar a expansão de sua rede de banda larga em cidades do Maranhão e do Pará.
Os recursos foram contratados junto ao BNDES. Segundo o contrato revelado pela empresa ao mercado, haverá liberação antecipada de 30% do valor. Os juros pagos serão equivalentes à taxa de referência (TR) mais 2,7% ao ano. O pagamento do principal e dos juros será feito trimestralmente após a carência, que é de três anos. O vencimento do empréstimo se dará em 12 anos. Como garantia, a empresa apresentou fiança bancária contratada junto ao Banco BTG Pactual, com prazo de 36 meses, remunerado à taxa de 1,9% ao ano.
Ao todo, o projeto prevê a expansão da rede de fibra óptica da companhia, adicionando mais 311 mil domicílios ao montante de casas passadas.
No Maranhão, serão atendidos 18 municípios: Paço do Lumiar, Bacabal, Codó, Pinheiro, Grajaú, Presidente Dutra, São José de Ribamar, Estreito, Barreirinhas, Miranda do Norte, Santa Helena, Tutóia, Santa Rita, Barra do Corda, Riachão, Mirinzal, Turilândia e Chapadinha.
No Pará, serão nove cidades: Marituba, Tucuruí, Abaetetuba, Bragança, Xinguara, Breu Branco, Aurora do Pará, Nova Ipixuna e Bom Jesus do Tocantins.
O Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (FUST) foi criado pela Lei 9.998/00, após a privatização do Sistema Telebrás. Atualmente, é administrado por um Conselho Gestor (CGFUST) que aprova, acompanha e fiscaliza a execução dos Planos de Aplicação de Recursos (PAR) submetidos pelos seus agentes financeiros. O BNDES é o único agente financeiro autorizados a aplicar o dinheiro desta fonte.
Desde outubro de 2023, o banco de desenvolvimento aprovou R$ 526,7 milhões para oito projetos do FUST, em 185 municípios de 10 estados (Ceará, Maranhão, Pará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Tocantins e Rio de Janeiro), nas cinco regiões do país.
As operadoras que recorrem ao financiamento se comprometem a realizar projetos existentes em uma relação elaborada pelo Comitê para conexão de escolas, ampliação de backbone ou levar internet a áreas rurais. No âmbito da educação conectada, os projetos apoiados contemplam a expansão da internet de banda larga para 164 escolas públicas, beneficiando mais de 21 mil alunos.