cgi.br-pede-que-camara-‘nao-abandone-o-legado’-do-pl-2630

CGI.br pede que Câmara ‘não abandone o legado’ do PL 2630

Foto: Freepik
O Marco Civil da Internet, já em vigor, atribui ao CGI o papel de participar da promoção da racionalização da gestão, expansão e uso da internet no Brasil, e o PL 2630 faz referênca a tal posição | Foto: Freepik

O Comitê Gestor da Internet (CGI.br) divulgou nota nesta sexta-feira, 12, defendendo o aproveitamento do debate que já ocorreu no Congresso Nacional na eventual formulação de um novo projeto para a regulação das plataformas digitais. O posicionamento ocorre por conta do anúncio de um Grupo de Trabalho para discutir o tema na Câmara dos Deputados como alternativa para o impasse que se encontra sobre o PL 2630/2020 – que possui a tramitação mais avançada no Legislativo.

“[…] o CGI.br recomenda que a Câmara dos Deputados não abandone o legado, resultado destes 4 anos de debate, com participação da sociedade, e que considere como base para qualquer discussão a última versão do texto do PL 2630/2020, assegurando, assim, a sua tramitação natural, garantindo a estabilidade e coerência no histórico de discussões em andamento”, argumenta a entidade.

O PL 2630/2020 é nomeado como a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet, desde o texto original, e trata dos direitos dos usuários, o dever de cuidado das plataformas, a exigência de transparência, auditorias e a soberania da lei brasileira sobre empresas que prestam serviços no país e utilizam dados de brasileiros. No entanto, por prever também a responsabilização de quem compartilha ou financia notícias falsas e discurso de ódio, acabou sendo conhecido como o “PL das Fake News”.

Ao anunciar o GT na última terça-feira, 9, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que a decisão foi necessária diante da “narrativa” criada sobre o PL 2630, de que ele violaria a liberdade de expressão e legalizaria a censura. Tal estigma fez com que o relator da proposta, Orlando Silva (PCdoB-SP), retirasse a previsão de uma entidade autônoma de supervisão – atrelada ao mito de que funcionaria como um “ministério da verdade”, o mesmo tipo de ataque que ocorreu também na União Europeia, mas com maior ofensiva das big techs no Brasil, na visão de representantes europeus –, mas o texto não alcançou maioria para ser analisado, acabou sendo fatiado para a análise dos Direitos Autorais inicialmente, que também não se chegou ao consenso.

Legado

Na nota pública, o CGI destaca que o PL 2630/20 é fruto de “um amplo e democrático debate” que se deu tanto no Senado Federal como na Câmara dos Deputados, ressaltando que ocorreram “uma série de audiências públicas e seminários, visando a encontrar soluções que conciliem a promoção da liberdade de expressão, a proteção da privacidade, a garantia da segurança digital e a defesa do estado democrático de direito na regulação do ambiente criado pelas plataformas digitais”.

“Este debate atingiu maturidade suficiente para que o texto proposto pelo Deputado Relator fosse apreciado pelo plenário, o que acabou não ocorrendo no ano passado”, afirmou o CGI.br.

O Comitê conclui que “ratifica sua posição em prol da democracia e participação social na regulação das plataformas digitais, buscando conciliar os interesses da sociedade e promover o avanço responsável da tecnologia digital em benefício de todas as cidadãs e cidadãos brasileiros”.

Novo texto

Conforme o histórico da Câmara dos Deputados, a criação de um GT não significa necessariamente a formulação de um novo projeto de lei sobre o tema em questão. Há possibilidade dos trabalhos resultarem em recomendações para propostas que já estejam em tramitação na Casa ou mesmo que ocorra uma revisão dos textos já construídos.

O PL 2630 –  embora seja o mais avançado por já ter passado pelo Senado e concentrado os debates nos últimos quatro anos – não é o único a propor regulação de plataformas digitais no Congresso Nacional. O texto tramita apensado a mais de 80 outras propostas, e vem acumulando pedidos de desvinculação desde o impasse no ano passado. Além disso, há o PL 2582/2023, apresentado como alternativa pelo deputado Lafayette de Andrade (Republicanos), que defendeu alguns dos receios das plataformas digitais no ano passado.

No Senado, a Comissão de Juristas responsável por discutir a atualização do Código Civil também prevê a criação de um novo livro na lei, o Direito Digital Civil, que trata da responsabilização de plataformas e prevê regulamento sobre o tema.

iPhone 17 Pro deve contar com ilha de câmeras parecida com Google Pixel
iPhone 17 Pro deve contar com ilha de câmeras parecida com Google Pixel
SVA na Pratica mais Valor mais Receita para o seu Provedor - CDNTV
SEGURANÇA OU DISPONIBILIDADE ? O QUE TORNA UMA INTERNET SEGURA ?
SWITCH RAISECOM na ARSITEC para PROVEDORES - CAST DOS LOUCOS
NUVEM X COLOCATION - Qual vale mais a pena com a Asap Telecom
ERROS DE SEGURANÇA QUE PODEM CUSTAR CARO NO SEU PROVEDOR EM 2025 com @Ayubio
LANÇAMENTO VIVENSIS NETWORK
A Internet ta cara ?
Monte seu Provedor em 2025 fácil fácil
PREPARE O SEU PROVEDOR PARA 2025 - CDNTV