Renda do 1% mais rico é 39,2 vezes a renda dos 40% mais pobres no Brasil

A renda média no Brasil atingiu um número recorde, mas o índice de desigualdade permanece acentuado. É o que mostra uma edição especial da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada hoje. Os dados fazem parte do módulo Rendimento de todas as fontes e, segundo eles, a renda mensal média domiciliar per capita teve um aumento de 11,5% em relação a 2022. O valor, R$ 1.848, é o maior da série histórica, iniciada em 2012.  

O rendimento mensal domiciliar per capita dos 40% da população com menores rendimentos foi, em média, R$ 527, o maior valor registrado pela série histórica. O valor é 12,6% maior que em 2022 (R$ 468). No mesmo ritmo, a média da renda do 1% mais rico da população passou de R$ 18.257 em 2022 para R$ 20.664 em 2023, o que representa um aumento de 13%. Apesar de o estudo apontar crescimento da renda média em todos os estratos, a desigualdade continua alta. Quando comparado ao rendimento dos 40% mais pobres, a renda do 1% mais rico dos brasileiros é 39,2 vezes maior.

Por trás dos índices de renda

A PNAD contínua mostra que houve um aumento da população com alguma renda de trabalho no Brasil entre 2022 e 2023. Esse contingente passou de 44,5% para 46%. O índice mais recente também representa um recorde na série histórica da PNAD Contínua e é explicado por uma melhora no mercado de trabalho pós-pandemia. 

Entre aqueles que tinham outras fontes de rendimento diferente do trabalho, que incluem, por exemplo, programas sociais como o Bolsa Família e o seguro-desemprego, também houve aumento de 2022 a 2023. Esse grupo passou de 24,4% para 26% no período. Vale observar o dado também presente na PNAD Contínua sobre a proporção de domicílios com algum beneficiário do programa Bolsa Família. O percentual passou de 16,9% em 2022 para 19% no ano passado. 

“No último ano, houve aumento importante da população ocupada, ou seja, muita gente que estava fora do mercado de trabalho, sem renda do trabalho, foi reinserida. No entanto, o rendimento do trabalho cresceu a uma taxa mais elevada na classe dos 10% da população ocupada de maior renda. Por outro lado, também houve um crescimento considerável dos rendimentos de outras fontes, sobretudo da rubrica outros rendimentos, que inclui os programas sociais. Isso beneficiou fortemente a população de menor renda. Então houve esse efeito dos dois lados”, explica Gustavo Geaquinto, analista da pesquisa. (Com assessoria de imprensa)

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