Se depender do apetite dos provedores regionais a disputa pelos lotes regionais do leilão de 5G deverão ser bem competitivos. Não se trata de um plano de negócios fácil mas a complementaridade com a fibra óptica e a oferta de wireless fixa em algumas regiões poderão ser um bom começo para aqueles que estão dispostos a concorrer. Mas, direta ou indiretamente, os provedores regionais farão parte desse novo patamar da telefonia móvel, se tornando operadoras ou fechando contratos para a utilização de sua infraestrutura como backhaul para os players estabelecidos.
Essa é a visão de Caio Bonilha, CEO da Futurion, que tem se dedicado a fazer algumas modelagens para testar o modelo de negócio dos ISPs no mercado 5G. Uma dessas modelagens foi no Distrito Federal, uma área mais densa e que mesmo assim pode oferecer vantagens para os novos entrantes. Mas ele lembra que o 5G exige muito capital e teoricamente os ISPs vão atender áreas mais desatendidas o que dificulta o retorno do investimento. ‘Não é fácil de fechar a conta no business plan”, disse.
Na sua avaliação o surgimento de consórcios, como a Iniciativa 5G que está próxima de 300 provedores interessados, e a disposição já afirmada pela Brisanet de participar sozinha, acenam para uma maior competitividade nos blocos regionais, principalmente o Nordeste. Ele observou, entretanto, que os provedores já estão dentro do negócio 5G com sua extensa rede de fibra óptica que deverá interessar aos vencedores do leilão.
Bonilha considera que a banda larga fixa que pode ser feita por meio da tecnologia 5G pode se mostrar um bom negócio também para os que atendem localidades mais afastadas e regiões menos densas. Além disso, há várias verticais que poderão ser exploradas nas áreas de atuação, valorizando o negócio.
Stand Alone
A Nokia tem se destacado, e mantém, sua defesa do 5G stand alone, ou seja, tecnologia pura sem uso de outros espectros como o 4G. Ele acompanhou a comitiva do governo brasileiro que esteve nos Estados Unidos para discutir esse mercado e informou que há uma grande preocupação do presidente Joe Biden em ter parceiros tecnológicos que trabalhem com redes abertas e seguras. Nessa viagem, ele também pode comprovar o poder de ISPs que com a licença de 5G desafiam gigantes do mercado de telecom nas áreas que escolheram. Eles operam com Open Ran, trabalham em nichos diferentes das teles e ganham no atendimento direto ao cliente.
“Muitos focam em mercados como agricultura, logística, transporte e outros para alavancar negócios”, comentou. As aplicações geradas a partir dessas atividades comprovam para o executivo, mais uma vez, que a verdadeira produtividade do 5G vem de redes stand alone. “A discussão sobre as redes não stand alones foi um quebra galho para atender mercados como o coreano e o japonês” , disse. Ele espera que essa mesma discussão não entre nos debates que já se iniciaram sobre a tecnologia de sexta geração.
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