A água é essencial para a vida como a conhecemos; sem ela, a evolução não teria ocorrido da mesma forma. Ou seja, a água é fundamental para a sobrevivência da maioria dos seres vivos, incluindo os humanos. Mas será que consumir água em excesso pode ser prejudicial?
Em dias mais quentes, especialistas recomendam ingerir mais de cinco litros de água por dia, dependendo da constituição física de cada pessoa. Já em períodos mais frios, dois litros costumam ser suficientes.
Além disso, as ondas de calor intensificadas pelas mudanças climáticas recentes reforçaram a necessidade de manter a hidratação para preservar a saúde.
A quantidade ideal de água que cada pessoa deve consumir varia conforme diferentes fatores, como condições de saúde, peso, altura e nível de atividade física. Em geral, especialistas recomendam que homens bebam, em média, três litros diários, enquanto para as mulheres a indicação é um pouco mais de dois litros.
Além da água, sucos naturais e frutas ricas em líquido também contribuem para atingir a hidratação necessária ao longo do dia.
Apesar de existirem diversas bebidas, a água continua sendo a melhor opção para manter a hidratação e a saúde. A desidratação representa um risco significativo, tanto pela baixa ingestão diária, influenciada por hábitos, quanto pela falta de acesso à água potável em várias regiões do mundo.
“Desde que as primeiras espécies primitivas deixaram os oceanos para habitar a terra, a prevenção da desidratação tem sido fundamental para a sobrevivência. Essa adaptação crucial ocorre em diversas espécies, incluindo os humanos. Sem água, a sobrevivência humana é possível por apenas alguns dias.
O corpo é composto por cerca de 75% de água no caso dos bebês e 55% nos idosos, sendo essencial para a homeostase celular e a vida”, é descrito em um estudo publicado na revista científica Nutrition Reviews. E a hiperidratação? Embora seja rara, é possível sofrer intoxicação pelo consumo excessivo de água em um curto período.
Entre os sintomas, as pessoas podem sentir dor de cabeça, cólicas, fraqueza e náusea, entre outros. Em casos extremos, há registros de mortes causadas pelo excesso de ingestão de água.
Por que beber muita água faz mal?
Se você consumir água em excesso, seus rins podem não conseguir eliminá-la adequadamente pela urina, pois a quantidade é tão grande que o corpo não tem tempo o bastante para filtrar. Cientificamente, a hiperidratação é chamada de hiponatremia ou simplesmente intoxicação por água.
O consumo excessivo de água pode fazer com que o líquido entre nas células, causando inchaço, inclusive no cérebro. Em casos mais graves, especialistas alertam que isso pode levar a convulsões, perda de consciência e até à morte. Nos últimos anos, foram registrados alguns óbitos causados pela ingestão excessiva de água.
Os sintomas de hiponatremia incluem:
- Dor de cabeça;
- Confusão mental;
- Fraqueza;
- Náusea;
- Vômitos;
- Tontura;
- Irritabilidade;
- Cãibras.
Apesar de diversos órgãos de saúde disponibilizarem recomendações sobre a ingestão de água, alguns especialistas afirmam que não há uma quantidade exata para cada pessoa. Ou seja, eles afirmam que a média de três litros por dia para homens e dois litros para mulheres é apenas uma referência.
- Descubra: Qual é a origem da água na Terra?
Por isso, fatores como saúde e nível de atividade física influenciam a quantidade de água necessária para cada pessoa. Enquanto alguém sedentário pode precisar de menos líquido, um atleta exige uma ingestão maior para garantir a hidratação adequada.
“A quantidade de água que uma pessoa deve consumir varia de acordo com diversos fatores, como idade, sexo biológico e nível de atividade física. Em média, as mulheres precisam ingerir cerca de 11 copos (2,7 litros) de água por dia para se manterem hidratadas, enquanto os homens necessitam aproximadamente de 15 copos (3,7 litros). Cerca de 20% dessa ingestão diária vem dos alimentos, e não apenas de bebidas”, a enciclopédia Britannica explica.
Morte por excesso de água
Em 2023, a norte-americana Ashley Summers, de 35 anos, morreu após ingerir quatro garrafas de água em apenas 20 minutos. Logo após o consumo, ela começou a sentir tontura e desmaiou.
Summers foi levada ao hospital, mas segundo a família, a mulher não acordou e faleceu alguns dias depois. Na ocasião, os médicos acreditaram que a intoxicação por água causou um inchaço no cérebro, o que a levou à morte.
Por que é importante se manter hidratado?
Em uma publicação oficial, a Organização Mundial da Saúde (OMS) destaca a importância da hidratação em dias quentes, especialmente porque o corpo perde mais líquidos pelo suor. A perda pode variar de cerca de 500 ml em dias mais amenos até 10 litros para atletas que praticam exercícios físicos em condições com altas temperaturas.
Além de saciar a sede, a água contribui para a flexibilidade e resistência muscular, além de ser fundamental para a saúde mental. Basta uma pequena perda de líquidos para que a desidratação comece a afetar o desempenho em atividades diárias. Essa reação pode até passar despercebido por quem não pratica exercícios com frequência, mas atletas percebem uma queda significativa no rendimento físico e até na tomada de decisões.
Os eletrólitos presentes na água, como sódio, cálcio e potássio, desempenham funções essenciais no organismo. Em dias mais quentes, eles são eliminados pelo suor e pela urina. Quando ocorre desidratação, é comum sentir sintomas como dor de cabeça, fadiga e falta de energia, entre outros.
“Manter-se hidratado no calor é importante, não apenas para os atletas, mas para todos nós. Neste verão, para evitar doenças relacionadas ao calor, faça da hidratação uma prioridade. Beba 1 copo de água a cada hora, esteja com sede ou não. Vá com calma com seu estômago e evite bebidas geladas, bem como bebidas alcoólicas e açucaradas”, disse a especialista do Centro Federal de Educação em Saúde na Alemanha, Tecla Huth, em um comunicado da OMS.
A água é essencial para o funcionamento do organismo, mas tanto a baixa quanto a alta ingestão podem trazer consequências graves. Quer saber mais? Entenda como beber pouca água pode causar envelhecimento e morte precoce. Até a próxima!
