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Nos últimos dias, dois casos de explosão de celulares pegaram os brasileiros de surpresa e acenderam um alerta sobre a segurança desses dispositivos que fazem parte do nosso dia a dia.
Primeiro caso: Anápolis, Goiás
No sábado, 8 de fevereiro de 2025, uma jovem estava fazendo compras em uma loja no centro de Anápolis, Goiás, quando seu celular, um Moto E32 com cerca de um ano de uso, explodiu no bolso traseiro de sua calça jeans. As câmeras de segurança registraram o momento em que ela sente um calor intenso, seguido da explosão que incendiou sua roupa.
Desesperada, ela tentou apagar as chamas com a ajuda do marido e de outras pessoas presentes na loja. A jovem sofreu queimaduras de primeiro e segundo graus nas nádegas, antebraço e mãos, sendo encaminhada ao Hospital Alfredo Abraão, onde recebeu atendimento e foi liberada no mesmo dia.
Segundo caso: Guarapari, Espírito Santo
Apenas três dias depois, na terça-feira, 11 de fevereiro de 2025, uma passageira que havia acabado de embarcar em um ônibus da linha 672 do sistema Transcol, em Guarapari, Espírito Santo, teve uma experiência semelhante. Seu celular, que estava no bolso da calça, pegou fogo repentinamente, enchendo o veículo de fumaça e causando pânico entre os passageiros.
O motorista abriu as portas, permitindo que todos desembarcassem em segurança. A dona do aparelho sofreu ferimentos nas mãos e informou que procuraria atendimento médico em um hospital de Vila Velha.
Possíveis causas das explosões
Especialistas apontam que as baterias de íon-lítio, comuns em smartphones, são sensíveis a altas temperaturas e danos físicos. Quando a estrutura interna da bateria é comprometida, pode ocorrer um fenômeno chamado “fuga térmica”, onde o calor gerado é maior do que o dissipado, levando à combustão.
Fatores como o uso de carregadores não originais, exposição do aparelho ao calor excessivo, danos físicos por quedas ou pressão excessiva (como sentar sobre o celular) podem aumentar o risco de explosão.
Pronunciamento das fabricantes
A Motorola, fabricante do Moto E32 envolvido no incidente de Anápolis, informou que está em contato com a consumidora para apurar os detalhes do ocorrido e providenciar uma análise técnica do aparelho.
Em nota enviada para a imprensa, a empresa ressaltou que preza pela segurança dos seus clientes e que todos os seus produtos são projetados e fabricados com altos padrões de qualidade, sendo submetidos a testes rigorosos para garantir um desempenho seguro.
No caso de Guarapari, a marca e o modelo do celular não foram divulgados, e até o momento, não há informações sobre um posicionamento oficial da fabricante.
Dicas para evitar acidentes
Para minimizar os riscos de explosão, é importante seguir algumas recomendações:
- Use carregadores originais: Carregadores falsificados ou de baixa qualidade podem não fornecer a voltagem correta, causando danos à bateria.
- Evite expor o celular ao calor: Não deixe o aparelho sob luz solar direta, dentro de carros quentes ou próximo a fontes de calor. Neste verão escaldante pelo qual estamos passando, todo cuidado é pouco!
- Proteja o dispositivo de danos físicos: Quedas, pressão excessiva ou outros impactos podem danificar a bateria internamente.
- Não utilize o celular enquanto carrega: O uso intensivo durante o carregamento pode causar superaquecimento.
- Observe sinais de problemas na bateria: Inchaço, aquecimento excessivo ou desempenho irregular são indicativos de que a bateria pode estar comprometida. Nesses casos, procure uma assistência técnica autorizada.
Ficar atento a esses cuidados pode ajudar a prevenir acidentes e garantir o uso seguro dos smartphones no dia a dia.