Um novo áudio divulgado pela Guarda Costeira dos Estados Unidos, na sexta-feira (7), pode ter registrado os momentos finais do submersível Titan que implodiu em 2023 durante uma expedição aos destroços do Titanic, no oceano Atlântico. A gravação tem pouco mais de 20 segundos de duração.
Registrado por um gravador da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA) localizado a cerca de 1.450 km de distância da área onde ocorreu o incidente, o arquivo pode conter a “assinatura acústica” da implosão, de acordo com os investigadores. Nele, há a estática seguida por um som estrondoso e um grande silêncio.
O clipe também traz informações mais exatas a respeito de quando a implosão teria ocorrido, com os dados do momento em que o áudio foi gravado. O registro aconteceu cerca de 90 minutos depois que a embarcação submergiu, contrariando especulações anteriores sobre a possibilidade de a tripulação ter sobrevivido por horas após a perda de contato com a superfície.
Durante os trabalhos da equipe de resgate, uma aeronave canadense detectou ruídos subaquáticos na área em que se concentrava a busca, alimentando a esperança de que os tripulantes ainda estivessem vivos. Mas alguns dias depois, a Guarda Costeira confirmou que os sons não tinham relação com o Titan, anunciando a sua implosão durante a descida.
Expedição catastrófica
Construído pela OceanGate, o submersível Titan transportava cinco pessoas em uma expedição rumo aos destroços do Titanic. A missão partiu no dia 18 de junho de 2023, mas deixou de fazer contato cerca de duas horas depois da descida, dando início às buscas que duraram quatro dias.
Acredita-se que a expedição tenha sido interrompida quando a embarcação sofreu uma falha estrutural grave, como indicam as investigações, levando à implosão do Titan. Todos os tripulantes morreram, incluindo o cofundador da OceanGate, Stockton Rush, que operava a embarcação.
Destroços do submarino e restos humanos foram localizados a 3.700 m de profundidade, em uma área perto de onde ficam os destroços do Titanic. A empresa responsável pela viagem suspendeu as operações após o desastre.