Segundo uma publicação do especialista em conflitos militares Mikhail Khodarenok, o sistema de defesa S-500 Prometheus consegue interceptar até mesmo mísseis hipersônicos com tecnologia ocidental. A tecnologia tem maior probabilidade de alcançar os projéteis inimigos quando estão na fase inicial de voo, mas também enfrenta concorrência dos EUA.
Inicialmente testado em maio de 2021, o S-500 foi estrategicamente direcionado pelas tropas russas para defender a Ponte da Crimeia de ataques ucranianos em janeiro. O armamento de defesa pode abater aeronaves furtivas, mísseis balísticos intercontinentais e hipersônicos, e até mesmo satélites de baixa órbita.
Em relação aos modelos de gerações passadas, o sistema tem alcance operacional de 600 km e altitude de até 200 km. A importância do veículo ocorre em um momento em que cada vez mais países desenvolvem mísseis supersônicos de longo alcance, como a Dark Eagle dos Estados Unidos, e o ASN4G, de características nucleares, feito pela França.
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Em formato de um veículo bem parrudo, o S-500 carrega mísseis do tipo 77N6-N e 77N6-N1, de capacidades cinéticas para intercepção dos alvos hipersônicos. Inclusive, sua capacidade ofensiva é tão alta que poderia dar uma dor de cabeça para a OTAN, uma vez que é possível atingir esses satélites de baixa órbita para comunicações da aliança.
Outros países trabalham em sistemas de defesa parecidos
Apesar do nível avançado que o S-500 Prometheus oferece, ele não é o único capaz de abater esses mísseis com tanta facilidade. O Patriot Advanced Capability-3 Missile Segment Enhancement (PAC-3 MSE), dos EUA, teria interceptado mísseis hipersônicos da Rússia, como o Kinzhal, durante o conflito com a Ucrânia.
Israel é outro país que já tem alguma experiência nesse tipo de defesa, uma vez que seu projeto Arrow 3 acabou com mísseis Kheibar Shekanis liberados pelo Irã. A Alemanha trabalha atualmente no IRIS-T SLX, com alcance operacional de 80 km contra essas ameaças.
Mesmo assim, o desenvolvimento de medidas de defesa contra mísseis hipersônicos não é uma tarefa fácil e que atualmente poucos países dominam. Inclusive, se você quiser conhecer mais sobre esse assunto, vale a pena entender o que são esses mísseis intercontinentais.