Open Banking: o modelo europeu que ganhou alma brasileira

Open Banking: o modelo europeu que ganhou alma brasileira

Como apaixonado por inovação e transformações tecnológicas, é fascinante observar como o modelo de open banking está remodelando o sistema financeiro brasileiro. Inspirado pelas bases estabelecidas na Europa com a Diretiva de Serviços de Pagamento 2 (PSD2), o Brasil não apenas adaptou esses conceitos à sua realidade: na verdade, os aprimorou, criando soluções que de fato mudam a vida das pessoas.

Na União Europeia, o open banking nasceu da necessidade de democratizar o acesso aos serviços financeiros, o que foi feito por meio do incentivo à competição entre os agentes e da integração de diversas realidades econômicas dentro da zona do euro. A PSD2 (Revised Payment Services Directive) implementada em 2019, tornou obrigatório o compartilhamento de dados bancários, com o consentimento do cliente, por meio de APIs padronizadas. Isso abriu espaço para fintechs desenvolverem soluções inovadoras e estimulou a criação de um ecossistema dinâmico e competitivo.

Com o compartilhamento de dados entre instituições previsto no open banking, as fintechs podem avaliar melhor o perfil de risco de cada pessoa e oferecer produtos personalizados. Aproveitando dessas APIs já utilizadas pelo open banking, criou-se o Pix, método de pagamento instantâneo que vem revolucionando a forma que o brasileiro paga em todo o país.

Em 2020, ano de sua criação, o Pix despertou curiosidade e até um certo ceticismo. Em poucos anos, no entanto, ele se tornou indispensável. Hoje, é impossível falar de open banking no Brasil sem mencionar esse sistema de transferências instantâneas integrado com as APIs do open banking – estrutura que possibilita aos consumidores fazerem transações seguras, rápidas, gratuitas e sem fricção diretamente com sites de e-commerce ou marketplaces.

Como parte do processo de implementação do open banking, vemos a criação de produtos inovadores como o Pix Garantido – uma evolução que permite parcelamentos pelo sistema de transferências instantâneas – como uma revolução. Afinal, ele concilia a praticidade do Pix com a flexibilidade do crédito parcelado, uma combinação que tem potencial para transformar de maneira significativa os hábitos de consumo. Para se ter uma ideia, os brasileiros movimentaram R$ 26,4 trilhões em transferências feitas via Pix em 2024, o que representa uma alta de 54% em relação ao valor movimentado no ano anterior, de R$ 17 trilhões, segundo dados do Banco Central (BC).  É uma adoção massiva, e que tem tudo para continuar crescendo.

É um alento e uma satisfação ver como o Brasil conseguiu, nos últimos anos, não apenas importar um conceito estrangeiro, mas também criar suas próprias soluções: open banking e Pix são provas de que, com criatividade e visão de longo prazo, podemos criar soluções que realmente atendem às necessidades financeiras da população, ao mesmo tempo em que conquistamos relevância no e-commerce global.

Nivaldo Favaro Júnior, engenheiro de implementação APM (Métodos Alternativos de Pagamento) da Nuvei.

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