A inteligência artificial já é uma realidade – indústria e sociedade já conseguem visualizar um mundo onde médicos diagnosticam doenças de forma mais rápida e com maior precisão, carros autônomos trafegam em segurança e assistentes virtuais facilitam o nosso cotidiano. Essas tendências, cada vez mais próximas, dependem de data centers poderosos e, crucialmente, sustentáveis. Afinal, a crescente demanda por poder computacional baseado em dados nos coloca diante de um desafio: como garantir que essa tecnologia essencial não comprometa o futuro do nosso planeta?
A resposta é objetiva e passa pela necessidade de aumentar a capacidade de processamento de forma eficiente e responsável. A mentalidade AI first exige que as empresas priorizem a eficiência energética em suas estratégias, investindo em infraestrutura otimizada e capaz de processar o altíssimo volume de dados exigidos pela tecnologia, ao mesmo tempo em que diminuiu gastos e, sobretudo, contribui para a sustentabilidade global.
O mercado de entretenimento, por exemplo, com sua demanda crescente por conteúdo em alta resolução e efeitos visuais complexos, ilustra bem esse desafio. Processar e armazenar todos esses dados requer data centers robustos – neste sentido, soluções como armazenamento centralizado, renderização remota e virtualização permitem otimizar o uso de recursos e minimizar o impacto ambiental.
É papel da indústria garantir esse tipo de inovação. Na AMD, por exemplo, a meta é ambiciosa: aumentar a eficiência energética dos nossos data centers em 30 vezes em 2025, demonstrando que é possível conciliar alto desempenho com responsabilidade ambiental.
Por isso, investimos constantemente em tecnologias que garantam que nossos data centers atinjam a mesma capacidade computacional com menos servidores, reduzindo o consumo de energia, as emissões de gases de efeito estufa e o espaço físico ocupado.
Mas a responsabilidade não se limita aos fabricantes de hardware. Uma abordagem holística para a sustentabilidade em data centers envolve diversos aspectos, como:
Otimização do resfriamento:?Implementar sistemas de resfriamento inovadores, como o resfriamento líquido e
free cooling, que reduzem significativamente o consumo de energia.
Uso de energias renováveis:?Priorizar fontes de energia limpa, como solar e eólica, para alimentar os data centers.
Reciclagem e reutilização de equipamentos:?Implementar programas robustos de reciclagem e reutilização de hardware para minimizar o lixo eletrônico.
Monitoramento e gerenciamento inteligente:?Utilizar plataformas de gerenciamento inteligente para monitorar e otimizar o consumo de energia em tempo real.
A adoção de práticas responsáveis e o investimento em tecnologias eficientes, portanto, é essencial para a construção de um futuro em que a inovação tecnológica e a preservação do planeta possam coexistir. O desafio está lançado, e a hora de agir é agora.
Alexandre Amaral, Gerente de Data Center na AMD Brasil.