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Em meio à revolução digital, a cibersegurança se afirma como uma área estratégica, embora continue sendo um dos setores mais dominados por homens. Dados recentes da Zippia revelam que, enquanto as mulheres compõem 48% da força de trabalho global, elas representam apenas 24% no universo da cibersegurança – e somente 16% de vice-presidentes nessa área são mulheres. Empresas pioneiras, como a Check Point Software, já estão fazendo a diferença, atingindo 20% de vice-presidentes sendo do gênero feminino em âmbito global.
A disparidade de gênero não se resume apenas à formação de talentos, mas também reflete uma questão de percepção. A ausência de representatividade, aliada a estereótipos e barreiras sistêmicas, contribui para que meninas e jovens mulheres não enxerguem a cibersegurança como uma carreira acessível. No entanto, a presença de mulheres nesse setor não só equilibra números, mas também fortalece a inovação, aprimora a solução de problemas e torna as defesas digitais mais robustas.
“A cibersegurança é um campo extremamente dinâmico, em que a criatividade e inovação são fundamentais para se antecipar aos cibercriminosos. Ao atrair mais mulheres para esse setor, não apenas enfrentamos a escassez de talentos, mas também elevamos nossa capacidade de resolver desafios complexos e melhorar os resultados de segurança”, afirma Nataly Kremer, Chief Product Officer & Head de Pesquisa & Desenvolvimento da Check Point Software.
A necessidade de ampliar a participação feminina torna-se ainda mais urgente diante de uma realidade global de escassez de profissionais na área. Segundo o Fórum Econômico Mundial, há cerca de 4 milhões de vagas não preenchidas em cibersegurança no mundo.
Na Check Point Software, mulheres ocupam 44% dos cargos de liderança sênior, supervisionando 78% dos colaboradores, reforçando o compromisso da empresa com a diversidade e a inclusão. Programas e iniciativas como o FIRE (Females in Roles Everywhere) têm sido essenciais para construir uma rede de apoio, oferecer mentoria e desenvolver futuras líderes em cibersegurança.
“Fechar a lacuna de gênero na cibersegurança não é apenas uma questão de igualdade; é vital para estimular a inovação e fortalecer as defesas digitais. Precisamos garantir que as carreiras em cibersegurança sejam acessíveis e atrativas para as mulheres por meio de educação, desenvolvimento profissional, recrutamento inclusivo e programas de mentoria”, ressalta Maya Horowitz, vice-presidente de pesquisa da Check Point Software.
Para estimular o ingresso de mais mulheres na área, iniciativas como o SecureAcademy Program – que integra a cibersegurança aos currículos universitários – e programas de graduação e mentoria estão sendo implementados para apresentar o setor a jovens desde cedo. Essas ações visam combater barreiras de percepção e confiança, ampliando o acesso e a participação feminina.
Neste “Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência” (International Day of Women & Girls in Science), celebrado em 11 de fevereiro, líderes, profissionais e empresas são convidados a repensar e reforçar seus compromissos com a diversidade na cibersegurança. A transformação do setor depende de derrubar não apenas os “firewalls” (muros) que protegem os dados, mas também os tetos de vidro que impedem a ascensão das mulheres.