Por Marcelo Oliveira

Modernizar sistemas legados de forma eficiente exige a convergência de diferentes frentes estratégicas, alinhando prioridades e otimizando recursos. Riscos operacionais, desafios cibernéticos, oportunidades de negócio e compliance regulatório não podem ser tratados como questões isoladas. Quando integrados a um plano estruturado, esses elementos deixam de ser obstáculos e tornam-se alavancas para inovação e transformação sustentável.

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Essa visão integrada não apenas simplifica a jornada de modernização, mas também potencializa seus resultados. Com estratégias alinhadas e prioridades claras, a modernização torna-se um diferencial competitivo para organizações que buscam não só resolver problemas do presente, mas também preparar-se para o futuro.

A abordagem de modernização orquestrada começa com a visão estratégica. Ou seja, antes de qualquer decisão tecnológica, é essencial entender a estratégia corporativa, suas direções, desafios e alavancas de resultado — tanto em termos de redução de custos quanto na geração de novas receitas. Essa clareza inicial direciona os esforços e também garante que o investimento em modernização esteja em total consonância com os objetivos organizacionais.

Em projetos complexos, nenhuma área trabalha isoladamente. Nossa abordagem começa por convergir visões e necessidades de diferentes stakeholders. Negócios, tecnologia, compliance, segurança e operações podem ter prioridades distintas, mas, quando alinhadas, formam um plano coeso e poderoso. É nesse alinhamento que identificamos as interseções entre desafios e oportunidades, garantindo que cada decisão impulsione o crescimento de forma integrada.

Com essa visão estratégica clara, o próximo passo é traduzir isso para uma arquitetura corporativa robusta: uma prática que conecta objetivos de negócio à capacidade tecnológica. É aqui que desenhamos o ecossistema futuro, alinhado e preparado para gerar impacto no presente e no longo prazo.

A partir desse ponto, o mapeamento do legado ganha grande relevância. Mais do que identificar sistemas críticos, trata-se de compreender as regras de negócio embutidas nesses ambientes. Décadas de ajustes e adaptações muitas vezes criam complexidades ocultas que precisam ser desvendadas. E, nesse cenário, o uso de ferramentas modernas baseadas em inteligência artificial pode ser um game changer.

Ao utilizarmos soluções capazes de automatizar o mapeamento de sistemas legados, identificando, por exemplo, regras de negócio que sustentam a operação atual, ampliamos a clareza em ambientes tradicionalmente opacos, permitindo decisões ágeis, embasadas e precisas. Essa visibilidade acelera o planejamento e garante que o legado seja avaliado da forma necessária, enquanto pavimentamos o futuro.

Com o mapeamento detalhado em mãos, a execução da modernização torna-se gradual e precisa. Funções críticas são transferidas para a nova arquitetura de forma planejada, automatizada, testada e sem impacto perceptível para os clientes. Enquanto isso, as aplicações residuais permanecem saudáveis, estáveis e operacionais. Para o cliente final, a modernização é invisível. Para o negócio, ela entrega resultados: custos reduzidos, maior agilidade, um portfólio ampliado e novos níveis de segurança e escalabilidade.

Projetos de modernização são desafiadores, mas a metodologia alavancada pelo uso de IA, como a que criamos na Verity, garante que cada etapa esteja alinhada às prioridades e entregue valor real. A experiência em conduzir jornadas complexas, envolvendo múltiplas partes interessadas, permite orquestrar não apenas a estratégia, mas também a implementação, assegurando resultados consistentes e sustentáveis.

Modernização efetiva significa alinhar estratégia e execução, transformar o legado em base para o futuro e fazer isso com clareza e precisão. Organizações que conseguem orquestrar sua modernização com inteligência e propósito avançam de forma sólida — não apenas na renovação de seus legados, mas na transformação do próprio negócio.

*Marcelo Oliveira é Diretor de Soluções e Estratégia na Verity.

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