A ICONIC, empresa nacional do segmento de lubrificantes, investe cerca de R$ 750 mil / ano para desenvolver e gerenciar um sistema de sensores IoT (Internet das Coisas) em motores, bombas, motorredutores e painéis elétricos. O foco é medir os parâmetros de desempenho e eficiência, como temperatura, vibração e grandezas elétricas, em tempo real. Este sistema tem sido testado e aperfeiçoado, desde abril de 2023, na fábrica em Duque de Caxias (RJ), e na unidade de Osasco, em São Paulo.
Durante 20 meses de uso, o sistema já permitiu a detecção remota de falhas potenciais, evitando assim quebras inesperadas com alto custo de restabelecimento, o que proporcionou uma redução de quase R$ 2 milhões/ano em custos de manutenção, além de 30% de aumento da vida útil dos equipamentos atendidos e uma queda de 5% no consumo de energia.
Atualmente, as unidades do Rio de Janeiro contam com mais de 140 sensores instalados, enquanto Osasco tem 110 sensores, o que representa uma abrangência de 70% do total de equipamentos que estariam habilitados a recebê-los. Para 2025, há expectativa de expansão deste monitoramento para 100% dos equipamentos considerados críticos pela ICONIC e monitoramento dos 500 ativos da empresa que estão nesta lista.
O sistema de monitoramento gera gráficos, indicadores e insights, que ficam armazenados em nuvem e podem ser acessados por um navegador online, indicando em tempo real a previsibilidade da falha. Desta forma, a equipe técnica da ICONIC pode agir preventivamente para evitar possíveis quebras decorrentes das variações de vibração, velocidade ou temperatura.
O time de especialistas da empresa é avisado de forma preditiva por alertas do sistema de sensores, enviados por e-mail e WhatsApp. O histórico dos insights e intervenções nestes equipamentos ficam salvos e conversam diretamente com o plano de manutenção da unidade, garantindo decisões e ações assertivas que ampliam sua vida útil.
“Nós conseguimos aumentar a confiabilidade do nosso parque de ativos, antecipando a atuação da manutenção para antes da quebra, o que proporciona menor custo e maior qualidade, além da redução de risco e a maior segurança do processo. Nosso desafio agora é potencializar o uso de Inteligência Artificial através do desenvolvimento dos técnicos, promovendo um ambiente voltado à inovação e utilização de dados”, analisa Bruno Ribeiro, gerente executivo das plantas fabris da ICONIC no Rio de Janeiro.