As empresas brasileiras foram alvo de 356 bilhões de tentativas de ataques cibernéticos no ano passado. Levando em consideração a América Latina, o Brasil foi “campeão” no quesito, na frente de México, Colômbia e Peru.
Os números foram compilados pelo FortiGuard Labs, laboratório de análise e inteligência de ameaças da Fortinet, companhia de cibersegurança.
Segundo a marca, no ano passado houve um crescimento expressivo não só nos números, mas na sofisticação dos ataques. A América Latina foi alvo de mais de 921 trilhões de atividades maliciosas – contando as que foram detectadas pela Fortinet.
O continente também teve 918 bilhões de eventos bloqueados por sistemas de prevenção de instrução. A despeito do ransomware – modalidade de cibercrime que se popularizou nos últimos anos –, os ataques de negação de serviço (DDoS) tiveram aumento de 1.801% na comparação entre 2024 e 2023.
Como combater as ameaças?
Alexandre Bonatti, vice-presidente de Engenharia na Fortinet, pontuou que para 2025 as empresas precisam se antecipar aos cibercrimes. Para ele, a rapidez na resposta aos ataques será um diferencial neste ano.
“Até há alguns anos, os ataques hackers eram descobertos em 21 dias. Esse é um prazo que diminuiu atualmente, mas que precisa ser ainda menor, já que o tempo pode ser crucial para acabar com um negócio”, destaca.
A Fortinet listou algumas ações que podem fazer a diferença no combate aos crimes virtuais:
- Implementar arquiteturas Zero Trust para minimizar a superfície de ataque;
- Usar ferramentas avançadas de detecção e resposta, como EDR, XDR e SOAR;
- Se proteger contra-ataques DDoS por meio de firewalls de última geração e filtragem de tráfego malicioso;
- Aplicar patches de segurança e atualizações em todos os sistemas críticos;
- Realizar treinamento contínuo para funcionários em detecção e prevenção de ameaças como phishing.