O governo da China anunciou o início de investigações contra a Google e outras empresas dos Estados Unidos. A ação é parte de mais um capítulo da guerra comercial entre os dois países, intensificada com a nova gestão de Donald Trump.
O órgão chinês regulador de mercado confirmou nesta terça-feira (4) o início de um processo administrativo sob acusações de violação da lei antimonopólio do país. Não há detalhes sobre que tipo de regra a empresa teria violado e, até o momento, a Google não se pronunciou sobre o caso.
A própria companhia tem uma atuação bastante reduzida na China: após várias tentativas de se estabelecer oficialmente na região, os serviços da empresa são bloqueados no país desde a década de 2010, incluindo o popular buscador, e ela só realiza parcerias com marcas locais em publicidade.
As medidas da China incluem ainda investigações contra outras empresas dos EUA, incluindo as grifes Calvin Klein e Tommy Hilfiger, e empresas de maquinários agrícolas, como Caterpillar, Deere & Co e AGCO. Todas elas agora são consideradas “não confiáveis” pelo governo do país asiático e podem ter as atividades comerciais prejudicadas na região.
Google sob pressão também nos EUA
A ação do governo chinês inclui ainda novas tarifas em produtos originados dos EUA, incluindo veículos de diversas categorias e o fornecimento de gás natural e petróleo. A exportação de minérios para os norte-americanos também ficará suspensa por termo indeterminado.
A medida foi confirmada após o presidente Donald Trump anunciar novos impostos para produtos de China, Canadá e México. Nos últimos dois casos, entretanto, negociações adiaram o início das cobranças por um mês.
A Google também é investigada por supostas práticas anticompetitivas de mercado nos próprios EUA. Considerações preliminares sugerem que a companhia seja separada e venda divisões como o Android e o navegação Google Chrome, mas agora o processo segue incerto na gestão de Trump.