O Brasil é o maior mercado da Uber em quantidade de viagens e o país com mais motoristas e entregadores cadastrados no app em todo o mundo, de acordo com o CEO da empresa, Dara Khosrowshahi. Ele forneceu mais dados da plataforma no mercado nacional durante evento do BTG Pactual realizado na quarta-feira (26).
De acordo com o executivo, há cerca de 1,4 milhão de motoristas e entregadores trabalhando por meio do aplicativo no Brasil. Nos últimos 10 anos, esses profissionais ganharam aproximadamente US$ 25 bilhões em receita com a prestação de serviços, o equivalente a R$ 144,9 bilhões pela cotação atual.
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Participando do evento por videoconferência, Khosrowshahi também comentou sobre a possibilidade de contratação de mais engenheiros de software brasileiros. Para ele, os especialistas em tecnologia do país são mais empenhados em se destacar nas empresas globais, além de custarem mais barato que os americanos.
O CEO da Uber falou, ainda, a respeito da saída do Uber Eats do Brasil em 2022. Conforme o iraniano, “barreiras artificiais impostas pelo iFood” levaram o app de transporte a tomar tal decisão, embora a plataforma continue a operar com o Uber Flash, que tem a opção de entregas e é “mais rápida que a Amazon”, como ironizou o executivo.
Motos e carros elétricos
Na conversa com o CEO do BTG Pactual, Roberto Sallouti, os planos da companhia para os próximos anos no país também foram detalhados. Segundo Khosrowshahi, um dos principais focos é ampliar o serviço de transporte por motos, uma das categorias que mais crescem em todo o mundo.
O chefe da Uber comentou que o Brasil é um dos principais mercados dessa modalidade que oferece um transporte mais acessível, servindo de referência para outros países interessados em implantá-la. O iraniano disse estar ansioso para andar de Uber Moto em alguma cidade brasileira.
Já em relação aos carros elétricos, o app de transporte planeja uma frota 100% eletrificada até 2030, pelo menos nos Estados Unidos e na Europa. No caso do Brasil, essa mudança deve demorar um pouco mais, como explicou Khosrowshahi, devido à necessidade de melhorar a infraestrutura de carregamento de baterias.
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