O Washington Post está mudando de tom. Jeff Bezos anunciou que o jornal vai direcionar sua seção de opinião para “defender as liberdades individuais e os mercados livres” – um movimento que marca uma guinada à direita. O editor David Shipley, responsável pela área desde 2022, decidiu sair após o executivo sugerir que, se ele não estivesse 100% comprometido, era melhor partir.
A mudança ecoa a linha editorial do Wall Street Journal, conhecido por seu viés pró-mercado. Bezos, que há anos mantém um relacionamento diplomático com Trump, argumenta que a internet já oferece um amplo leque de opiniões, e que o Post agora deve se posicionar de forma clara. O CEO do jornal, Will Lewis, garante que o foco não é favorecer um partido político, mas “ser cristalino sobre o que defendemos como publicação.”
A decisão levanta preocupações internas sobre o futuro da independência editorial e o impacto dessa nova linha na credibilidade do jornal. Para muitos, o discurso de Bezos sobre “liberdade” pode ser um eufemismo para desregulação, redução de impostos e um viés mais favorável ao grande capital. Se haverá uma real separação entre opinião e reportagem, só o tempo (e a próxima eleição) dirá.
Você acabou de acompanhar uma nota rápida by The BRIEF! Siga mais informações clicando aqui