84,6 milhões de contas de usuários foram violadas no Brasil em 2024

84,6 milhões de contas de usuários foram violadas no Brasil em 2024

A última análise anual de violações de dados feita pela Surfshark mostra o Brasil como o 7º país mais afetado, com 84,6 milhões de contas violadas em 2024. Globalmente, um total de 5,6 bilhões de contas foram comprometidas, com a China em primeiro lugar, respondendo por 17% de todas as violações naquele ano. A Rússia está em segundo lugar, seguida pelos EUA em terceiro, com França e Alemanha completando os cinco primeiros.

A análise da Surfshark revela que as violações de dados aumentaram 7,6 vezes em comparação ao ano anterior, passando de 731,1 milhões em 2023 para 5,6 bilhões em 2024. Para ter uma ideia da escala, 176 contas de usuários foram violadas a cada segundo em 2024, em comparação com 23 em 2023.

“Ao refletirmos sobre 2024, o cenário de violações de dados mudou drasticamente, com o número de contas comprometidas aumentando quase oito vezes em comparação ao ano anterior”, diz Emilija Kucinskaite, pesquisadora sênior da Surfshark. “Esse aumento ressalta a importância crítica de práticas eficazes de segurança cibernética. Em uma era em que as ameaças cibernéticas estão em constante evolução, tomar medidas proativas para proteger suas informações pessoais é crucial. Os indivíduos devem usar senhas complexas, habilitar a autenticação de dois fatores e se manter informados sobre ameaças potenciais.”

Brasil enfrenta um aumento nas violações de dados

O Brasil está em 7º lugar no mundo com 84,6 milhões de contas violadas (anteriormente em 9º lugar com 3,5 milhões em 2023). A taxa de violação é 24 vezes maior do que em 2023, com aproximadamente 3 contas de usuários brasileiros violadas a cada segundo em 2024. O Brasil sofreu 5 vezes mais violações de dados em comparação com a Colômbia (16,3 milhões). Em termos de densidade de violação, o Brasil registrou 392 contas violadas por 1.000 residentes, enquanto a Colômbia teve 314. Isso indica um risco maior de violação no Brasil em comparação com a Colômbia.

A análise da Surfshark sobre violações de dados desde 2004 mostra que o Brasil é o 1º na América do Sul, com 436,4 milhões de contas de usuários comprometidas. Um total de 162,5 milhões de e-mails exclusivos foram violados do Brasil. 170,3 milhões de senhas foram vazadas junto com contas brasileiras, colocando 39% dos usuários violados em risco de invasão de conta que pode levar a roubo de identidade, extorsão ou outros crimes cibernéticos. Estatisticamente, um brasileiro médio foi afetado por violações de dados cerca de 2 vezes, uma das maiores taxas na América do Sul (5º).

“Em uma escala regional (América do Sul), 172 contas são violadas a cada 100 pessoas em média, – comenta Emilija Kucinskaite, Pesquisadora Sênior da Surfshark. “No entanto, no Brasil, esse número sobe para 202 a cada 100 pessoas. Estatisticamente falando, um brasileiro médio foi afetado por violações de dados cerca de 2 vezes.”

O Brasil teve um total de 1,5 bilhão de registros pessoais expostos desde 2004. Em média, cada e-mail é violado com 3,4 pontos de dados adicionais.

As maiores violações ou vazamentos de dados em 2024

Em fevereiro de 2024, um grande vazamento de dados afetou mais de 120 milhões de pessoas globalmente. A violação se originou da DemandScience (antiga Pure Incubation), uma empresa de geração de demanda B2B. Esta empresa reúne dados comerciais de fontes públicas e de terceiros, incluindo nomes completos, endereços físicos, endereços de e-mail, números de telefone, cargos, funções e links de mídia social. Essas informações são essenciais para que profissionais de marketing digital e anunciantes criem perfis detalhados de consumidores que impulsionem a geração de leads e estratégias de marketing direcionadas. Os pesquisadores da Surfshark descobriram que aproximadamente 33 milhões das contas violadas eram americanas, 2,4 milhões britânicas, 1,4 milhão canadenses, 1,2 milhão australianas e 80.000 francesas, entre outras.

Um dos maiores vazamentos de dados de 2024 envolveu uma coleta de mais de 3 bilhões de endereços de e-mail exclusivos, que surgiram em um fórum clandestino sobre crimes em setembro de 2024. O vazamento compilou dados de violações anteriores, com duplicatas removidas para criar um conjunto de dados mais limpo. Os pesquisadores da Surfshark descobriram que aproximadamente 790 milhões das contas violadas eram russas, 310 milhões eram americanas, 160 milhões eram chinesas, 110 milhões eram alemãs e 100 milhões eram francesas, entre outras. Esse vazamento massivo de e-mails fornece aos cibercriminosos e golpistas de phishing um vasto conjunto de alvos em potencial. No entanto, o hacker por trás do vazamento alegou que nenhum desses e-mails foi obtido por meio de vazamentos privados — todas essas informações já estavam disponíveis publicamente.

Metodologia

Uma violação de dados acontece quando dados confidenciais e sensíveis são expostos a terceiros não autorizados. Neste estudo, tratamos cada endereço de e-mail violado ou vazado usado para registrar serviços online como uma conta de usuário separada, que pode ter vazado com informações adicionais, como senha, número de telefone, endereço IP, código postal e muito mais.

Os dados foram coletados por nossos parceiros independentes de 29.000 bancos de dados disponíveis publicamente e agregados por endereço de e-mail. Esses dados foram então anonimizados e repassados ??aos pesquisadores da Surfshark para analisar suas descobertas estatisticamente. Países com população inferior a 1 milhão de pessoas não foram incluídos na análise.

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