Um ataque cibernético supostamente liderado por hackers do Irã disparou sirenes de alerta de foguetes e músicas de apoio ao terrorismo em alto-falantes de pelo menos 20 jardins de infância e outras instituições de ensino de Israel no domingo (26). Mensagens de texto intimidadoras também foram enviadas.
Autoridades israelenses informaram que a campanha maliciosa aconteceu graças à violação do sistema de botões de emergência da empresa Maagar-Tec. Com o mecanismo comprometido, os autores acionaram as sirenes de alerta e reproduziram canções árabes exaltando ações terroristas.
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Os responsáveis pelo ciberataque também aproveitaram falhas em outros sistemas da companhia israelense para acessar um banco de dados vinculado a ela. A partir daí, os invasores conseguiram enviar mensagens com conteúdos que induziam ao medo para dezenas de milhares de pessoas.
Essas ações teriam sido realizadas pelo grupo cibercriminoso Handala, que revelou detalhes do ataque em um canal no Telegram. Os integrantes também afirmaram ter invadido os sistemas do Ministério da Segurança Nacional de Israel, roubando registros de comunicações internas, vídeos, documentos confidenciais e dados de policiais e bombeiros.
Incidentes sob investigação
A Diretoria Nacional Cibernética de Israel (INCD) confirmou que as investigações preliminares apontam acessos indevidos ao sistema do fornecedor privado para a reprodução de alarmes e músicas sobre terrorismo, além do envio de mensagens. A agência segue investigando o caso em parceria com a Maagar-Tech.
O órgão recomendou aos administradores da ferramenta que atualizem as credenciais de acesso, usando senhas fortes para dificultar o trabalho dos invasores. Ainda conforme o INCD, as mensagens de texto disparadas durante o ciberataque não causaram prejuízos aos dispositivos móveis e devem ser ignoradas.
Já em relação à violação dos servidores do Ministério, a agência afirmou não ter encontrado evidências de invasões, embora os hackers iranianos tenham postado fotos que seriam do painel de controle do mecanismo e registros de policiais no Telegram.
O grupo Handala tem lançado ataques cibernéticos às forças de segurança israelenses desde o início dos conflitos mais recentes na Faixa de Gaza, de acordo com o site The Times of Israel.