CEO da Gröwnt explica como seguradoras estão adotando IA para reduzir fraudes

CEO da Gröwnt explica como seguradoras estão adotando IA para reduzir fraudes

Em entrevista à TI Inside, o CEO da Gröwnt, Fabrizio Gammino, respondeu a seis questões sobre o impacto da Lei do Bem no setor de seguros, destacando o crescimento expressivo dos investimentos em inovação e tecnologia.

De acordo com o executivo, os incentivos fiscais têm impulsionado a transformação digital das seguradoras, tornando a Inteligência Artificial uma ferramenta essencial para aprimorar processos, prevenir fraudes e otimizar a experiência dos clientes. Além disso, Gammino, abordou os desafios da implementação tecnológica no setor, que ainda lida com bases de dados fragmentadas e sistemas legado. Confira:

O Panorama da Lei do Bem 2024 destacou um crescimento expressivo nos investimentos das seguradoras em P&D. O que explica essa ascensão ao 3º lugar no ranking nacional?

Os investimentos em transformação digital e os investimentos no Open Insurance explicam o grande crescimento do setor, e o Panorama da Lei do Bem 2025, em elaboração, já começa a trazer a Inteligência Artificial como um foco de investimentos das 142 seguradoras autorizadas a atuar no Brasil pela SUSEP. Apesar de todo o hype, finalmente o frisson dos últimos anos agora se transformou em iniciativas reais do dia-a-dia.

Como a Lei do Bem tem impulsionado a transformação tecnológica no setor de seguros, especialmente em relação à redução de impostos e incentivos ao investimento?

Os investimentos em transformação tecnológica ganham uma bem-vinda dedução incentivada na base de cálculo dos tributos sobre renda. Na prática, é como se esses investimentos reduzissem o lucro da seguradora em duplicidade, uma dedução normal pela existência da despesa na contabilidade, e outra a título de benefício, somente no “livro fiscal”, concedido por esta política pública que existe desde 2006.

Como a alíquota agregada dos tributos sobre a renda é de 41% (25% de Imposto de Renda e 16% Contribuição Social sobre Lucro Líquido), somente inferior à de bancos (47%), estes são os dois setores de mercado que mais se beneficiam da Lei do Bem, ao deixar de recolher tributos sobre as bases de cálculo minimizadas pelo incentivo.

O que diferencia as seguradoras que aproveitam esses incentivos de outras empresas do setor financeiro?

Como a alíquota agregada dos tributos sobre a renda é de 41% (25% de Imposto de Renda e 16% Contribuição Social sobre Lucro Líquido), somente inferior à de bancos (47%), estes são os setores de mercado que mais se beneficiam da Lei do Bem, ao deixar de recolher esses tributos sobre a esta base de cálculo minimizada pelo incentivo.

Em geral, para cada R$100,00 gastos em projetos de inovação, as Seguradoras recuperam R$33 em tributos, o que retroalimenta os investimentos cada vez mais significativos em Inovação, por isso o salto muito representativo do setor. Já os bancos chegam a recuperar R$38,00.

Como as seguradoras estão utilizando tecnologia para prevenir fraudes de forma mais eficiente?

Há inteligência artificial sendo aplicada desde o reconhecimento de assinaturas falsas até a redução de seleção adversa, que acontece quando o segurado oculta informações relevantes sobre o seu perfil de risco, o que pode levar a uma perda para a seguradora. A IA ajuda a seguradora a cruzar grandes volumes de bases de dados em busca de gaps de informações de seus clientes.

Ferramentas baseadas em inteligência artificial estão se tornando padrão no setor? Como elas contribuem para detectar irregularidades com mais precisão?

Como dito anteriormente, a IA pode se aplicar a todos os setores de uma seguradora, incluindo a operação de assistência aos segurados. É o caso da otimização de rotas dos prestadores de assistência técnica, reboques e taxistas, até mesmo auxiliar com premissas numa estratégia de “Go to market” de um seguro conceito, para simular sinistralidade, e qualquer tarefa de busca em massa na detecção de apólices sob determinadas condições, que um sistema legado mais antigo não está preparado para filtrar.

Existem desafios específicos que as seguradoras enfrentam ao implementar tecnologias antifraude?

As tecnologias antifraude raramente são plug and play. Geralmente, as bases de dados das Seguradoras são pulverizadas em diferentes sistemas legados, muitas vezes em linguagens de programação distintas. Além disso, não é incomum que parte dessas informações ainda esteja em papel, exigindo digitalização e conversão para um formato digital.

Qualquer iniciativa requer um grande grau de customização e de dedicação para estruturar bases de dados acessíveis aos algoritmos de Inteligência Artificial, e o volume de informações é outro obstáculo. As ferramentas de IA disponíveis no mercado frequentemente impõem limites na quantidade de tokens. Os modelos mais avançados, permitem resolver problemas em até 250 mil tokens, algo como 615 mil caracteres. Parece muito, mas para Seguradoras que possuem milhares ou milhões de clientes, qualquer tarefa dada à IA deve ser bem enxuta e já considerar informações bastante tratadas.

Tags

Compartilhe

SVA na Pratica mais Valor mais Receita para o seu Provedor - CDNTV
SEGURANÇA OU DISPONIBILIDADE ? O QUE TORNA UMA INTERNET SEGURA ?
SWITCH RAISECOM na ARSITEC para PROVEDORES - CAST DOS LOUCOS
NUVEM X COLOCATION - Qual vale mais a pena com a Asap Telecom
ERROS DE SEGURANÇA QUE PODEM CUSTAR CARO NO SEU PROVEDOR EM 2025 com @Ayubio
LANÇAMENTO VIVENSIS NETWORK
A Internet ta cara ?
Monte seu Provedor em 2025 fácil fácil
PREPARE O SEU PROVEDOR PARA 2025 - CDNTV
Ajudou um provedor a sair do 0 a 1 Milhão de assinantes - Ederson Teixeira