Pague a licença: o WinRAR ainda existe e agora tem até modo escuro

Pague a licença: o WinRAR ainda existe e agora tem até modo escuro

Se você usou o Windows XP ou uma versão anterior do sistema, deve se lembrar do WinRAR, compactador e descompactador de arquivos conhecido não só por ser versátil, mas também porque (quase) ninguém paga pela sua licença. Ele ainda existe, tanto que acaba de introduzir um modo escuro.

O WinRAR surgiu em 1995 e foi muito popular nos anos seguintes. O seu principal atributo é compactar e descompactar arquivos em formato RAR, embora ele também possa trabalhar com outros padrões, como ZIP, CAB, TAR e Gzip.

Embora o formato ZIP fosse muito popular entre os anos 1990 e 2000 (e talvez o seja até hoje), o WinRAR ganhou adeptos porque, em linhas gerais, o padrão de compressão RAR consegue gerar arquivos menores e permite que eles sejam divididos em várias partes, característica especialmente útil quando programas eram distribuídos em disquetes.

Hoje, softwares de compactação e descompactação de arquivos são menos populares entre usuários do Windows, afinal, o sistema suporta os principais formatos de modo nativo. Falando da versão mais recente da plataforma, o Windows 11 já é capaz de trabalhar com formatos como RAR, ZIP, 7-zip e GZ.

Apesar disso, ainda há demanda pelo WinRAR, tanto que a ferramenta continua sendo atualizada. Apesar de ainda estar em fase beta, a recém-liberada versão 7.10 chamou a atenção por introduzir um recurso que é trivial nos dias atuais: um modo escuro.

É um incremento tecnicamente pequeno, mas, para um software que pouco mudou em três décadas de existência, não deixa de ser algo que realmente chama a atenção.

Para ativar o modo escuro do WinRAR, basta ir em Options / Settings / Interface. Ali, escolha entre “Use system settings” (usar as configurações do sistema), “Always on” (sempre ativado) ou “Always off” (sempre desativado). É só isso.

A licença que ninguém paga

O que não mudou no WinRAR é o seu modo de licenciamento. A ferramenta continua gratuita durante os primeiros 40 dias de uso. Depois disso, é preciso pagar pela licença do software, atualmente sob o custo de US$ 29 (ou US$ 20,30 para novos usuários).

Se você não pagar… Bom, o WinRAR continua funcionando. O software passa a exigir um pedido de pagamento de licença toda vez que é aberto, mas, tirando isso, nenhuma funcionalidade é perdida.

Tem sido assim por anos. O WinRAR foi lançado com um shareware, termo já em desuso que designa softwares gratuitos somente por um tempo ou com funções limitadas, sendo necessário o pagamento de uma licença para uso irrestrito.

Mas, diferentemente de outros softwares de sua época de auge, o WinRAR nunca deixou de funcionar após o período gratuito. Isso é motivo de piada até hoje, inclusive pela própria empresa que mantém a ferramenta (os perfis do WinRAR nas redes sociais “celebram” quando um usuário publica o comprovante de compra de uma licença).

Vida longa ao WinRAR.

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