O Grupo TIM (antiga Telecom Italia) informou, nesta quarta-feira, 2, que recebeu uma oferta não vinculante pela Sparkle. A proposta foi apresentada pelo governo da Itália, por meio do Ministério da Economia e Finanças (MEF), e pela Retelit, empresa fornecedora atacadista de redes de fibra óptica.

Em comunicado, a TIM destaca que “a proposta reconhece o valor empresarial de 700 milhões de euros” (aproximadamente R$ 4,21 bilhões) do ativo. A oferta, válida até 15 de outubro, será submetida à apreciação do conselho de administração da operadora italiana.

A Sparkle é a unidade de serviços de atacado do Grupo TIM, desempenhando atividades ligadas à infraestrutura e conectividade, como capacidade, IP, SD-WAN, colocation, IoT, roaming e voz. A subsidiária também é dona de uma rede de cabos submarinos de mais de 600 mil km, inclusive com pontos de presença (PoP) no Brasil.

Em fevereiro deste ano, o conselho do Grupo TIM, dono da TIM Brasil, considerou insuficiente uma proposta anterior apresentada pelo governo da Itália. Na ocasião, nenhum valor foi revelado.

No entanto, a mesa pediu que o CEO da TIM italiana, Pietro Labriola, tentasse uma nova negociação com o MEF. Inicialmente, o grupo tinha a intenção de vender a Sparkle junto da NetCo, unidade de rede fixa, para diminuir o endividamento da holding. Contudo, com o avanço das negociações, optou-se por tratar os ativos em ofertas distintas.

A alienação da NetCo, em negociação de 22 bilhões de euros (R$ 132,38 bilhões) com o fundo norte-americano KKR, foi concluída no dia 1º de julho, implicando uma significativa diminuição na dívida líquida do Grupo TIM.

Vale lembrar que Labriola, ex-CEO da TIM Brasil, liderou o processo de venda da NetCo. Após a negociação da rede fixa, o projeto de reestruturação agora deve ter foco na Sparkle.