Entidades reforçam pleito pela revisão do Córtex, sistema do MJSP

Entidades reforçam pleito pela revisão do Córtex, sistema do MJSP

Entidades defendem revisão do Córtex, plataforma de vigilância do governo
Foto: Freepik

Um conjunto de entidades de defesa dos direitos digitais publicaram nesta sexta-feira, 8, uma carta aberta manifestando preocupação com a plataforma de monitoramento Córtex, implantada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) em 2021 e que contaria com um projeto de expansão no atual governo. Para o grupo, o sistema utilizado “está em desacordo com os preceitos constitucionais, legais e da segurança de informação”.

A nota pública é lançada pela Coalizão Direitos na Rede, pela Campanha Tire Meu Rosto da Sua Mira, entre outras entidades, e está colhendo novas assinaturas. Esta não é a primeira vez que o sistema chama atenção de especialistas, que já defenderam uma investigação em 2022. Desta vez, o posicionamento tem como referência reportagem da Agência Pública, publicada em outubro, que denunciou possíveis novas irregularidades no uso da plataforma. 

De acordo com a publicação, “sem precisar registrar a motivação da consulta, pessoas podem ser monitoradas nas ruas sem prévia análise do Judiciário e fora de inquéritos policiais”, e que “o MJSP detectou casos de venda de senhas e presença de contas automatizadas no sistema Córtex, que extraíam grandes volumes de dados sigilosos de milhões de brasileiros”.

Para as entidades, “o sistema Córtex e sua atual gestão representa uma violação sistemática à proteção de dados pessoais, direito fundamental consagrado no texto constitucional pela Emenda n. 115/2022 e referendado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

“Ao permitir o tratamento de dados pessoais (entre eles potenciais dados sensíveis) sem medidas de transparência, governança de dados, segurança de informação, entre outros preceitos fundamentais, a coordenação do Córtex e órgãos estão violando de forma frontal um direito tão caro e ainda em concretização na sociedade brasileira”, afirmam.

A carta acrescenta que “como um sistema que promove a vigilância massiva, o Córtex avança nos caminhos de potencializar a violência de Estado e repressão política no Brasil”. 

“A ferramenta cria possibilidades de perseguição a jornalistas, defensores de direitos humanos, militantes e ativistas de movimentos sociais, assim como agentes políticos em um país que vive cada vez mais violência dessa ordem”, alegam. 

Por fim, a nota ressalta que a plataforma “reforça o potencial persecutório do uso de  tecnologias, cuja capacidade de compartilhamento e armazenamento oportuniza violações”, e que há “necessidade de o Governo Federal e seu Ministério da Justiça e Segurança Pública reavaliarem tanto a utilização quanto  as diretrizes de funcionamento, proteção de dados, segurança informacional  e transparência do Sistema Córtex”. 

Acesse aqui a íntegra da carta

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