A fintech BYX Capital, que opera como uma plataforma de intermediação no mercado de créditos consignados, teve a compra do braço de crédito da plataforma de criptomoedas Bitso aprovada pela Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

De acordo com o despacho publicado nesta quinta-feira, 14 de novembro, no Diário Oficial da União (DOU), a operação foi aprovada pelo órgão sem restrições. O valor do negócio não foi divulgado. A concretização da venda ainda está sujeita à aprovação do Banco Central.

A atuação da BYX, que compõe o grupo econômico do Banco Pine, envolve a facilitação de compra e venda de créditos consignados entre instituições financeiras.

Como justificativa para a compra do braço de crédito da Bitso, a fintech afirmou à Superintendência-Geral do Cade que a operação vai permitir o fornecimento de soluções de crédito sem a necessidade de contratação de soluções de banking as a service (BaaS). Até agora, a BYX precisava recorrer a essa modalidade, pois não tinha licença do Banco Central para operar como Sociedade de Crédito Direto (SCD).

Já a fintech Bitso SCD tem a autorização do Banco Central para operar na modalidade de concessão de empréstimos e financiamentos, análise e cobrança de crédito para terceiros, distribuição de seguros relacionados com as operadoras concedidas, assim como na emissão de moeda eletrônica.

A plataforma de criptomoedas Bitso obteve a licença como SCD em maio de 2023. Quando saiu a autorização do Banco Central, a Bitso chegou a informar que pretendia oferecer produtos de crédito aos clientes no Brasil, sem detalhar qual seria o tipo de produto de empréstimo. Mas a SCD da Bitso não chegou a ser colocada em operação. Ao Cade, a plataforma de criptomoedas justificou que a venda da SCD representa uma forma de conseguir capitalização para focar em suas atividades principais. (Com informações do DOU)