Em entrevista a TI Inside Eduardo Novillo Astrada, CEO e cofundador da Justoken, destacou de forma enfática o impacto que a tokenização está causando no agronegócio, um dos setores em que a empresa vem trabalhando junto da Agrotoken.
Ele explicou que a Agrotoken tem transformado commodities agrícolas em ativos digitais, o que cria novas oportunidades tanto para produtores quanto para investidores. Essa transformação digital facilita o acesso ao crédito para os agricultores, pois eles podem usar suas commodities tokenizadas como garantias em transações financeiras. A inovação trazida pela tokenização ajuda a aumentar a liquidez desses ativos, simplificando a negociação e agregando valor ao setor agro.
Através da tokenização, os produtores agrícolas conseguem digitalizar seus ativos, como soja, milho e trigo, e transformá-los em tokens que podem ser comercializados ou usados em transações financeiras de maneira rápida e segura. “A tokenização não apenas moderniza o mercado agrícola, mas também amplia as opções para os agricultores, que podem utilizar esses tokens como garantias em operações financeiras”, afirmou Eduardo. Ele complementou dizendo que isso tem ajudado a democratizar o acesso ao mercado financeiro para os pequenos e médios agricultores, que tradicionalmente encontram barreiras nesse tipo de operação.
Muitos questionam se o blockchain é uma tecnologia confiável e se pode, de fato, agregar valor ao setor agrícola. Segundo o CEO, o blockchain oferece uma camada extra de segurança, transparência e rastreabilidade, características que são cruciais para um setor como o agro, onde a confiança e a integridade dos dados são essenciais.
Ele explicou que, através da tecnologia blockchain, todas as transações envolvendo os tokens de commodities são registradas em um livro-razão imutável e público, o que permite a qualquer participante da rede verificar a autenticidade e o histórico das operações. “Isso elimina a necessidade de intermediários e torna o processo mais ágil e seguro, algo fundamental para o agronegócio, que lida com transações em grande escala e muitas vezes complexas”, comentou Eduardo.
Essa tecnologia tem se mostrado uma resposta eficiente para problemas que afetam o setor, como a falta de transparência e a dificuldade de verificar a procedência e a qualidade dos produtos agrícolas. Com o blockchain, cada token representa uma quantidade específica de uma commodity agrícola, e seu histórico pode ser rastreado desde a produção até a venda, garantindo a confiabilidade das operações.