A alta da energia elétrica residencial, que passou de 0,84% em setembro para 5,29% em outubro, com a vigência a bandeira tarifária vermelha patamar 2 a partir do dia 1º deste mês teve impacto sobre o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que indica a prévia da inflação. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA-15 teve alta de 0,54% em outubro. O dado divulgado nesta quinta-feira, 24 de outubro, ficou 0,41 ponto percentual (p.p.) acima do resultado de setembro (0,13%).
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IBGE, oito tiveram alta no mês. O principal foi habitação, responsável pela maior variação e o maior impacto no índice, impactado pelo aumento da energia elétrica. Esse grupo de produtos e serviços aumentou 1,72% em outubro (contra 0,50% em setembro), impactando em 0,26 p.p. o IPCA-15. O IBGE também destaca a alta do gás de botijão (2,17%) no mês.
Em seguida, a maior variação e impacto ficou por conta de alimentação e bebidas (0,87% e 0,18 p.p., respectivamente). A alimentação no domicílio teve um aumento de 0,95% em outubro, depois de três meses consecutivos de redução de preços. Já a alimentação fora do domicílio avançou de 0,22% em setembro para 0,66% em outubro.
O grupo de produtos e serviços de saúde e cuidados pessoais é o terceiro com maior variação no mês. Ele subiu 0,49% em outubro e o impacto no IPCA-15 foi de 0,07 p.p. A principal causa do aumento foi o reajuste dos planos de saúde em 0,53%. Esse reajuste, observa o IBGE, foi autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) para os planos contratados antes da Lei nº 9.656/98, com vigência retroativa a partir de julho.
Recuo de preços
O único grupo a apresentar recuo de preços foi transportes, que baixou 0,33% no mês. A queda nos preços das passagens aéreas, de 11,40%, foi a principal influência no resultado.
No ano, o IPCA-15 acumula alta de 3,71% e, nos últimos 12 meses, de 4,47%. (Com informações do IBGE)