WDC busca M&A e ampliação de mercado com apoio de ISPs

WDC busca M&A e ampliação de mercado com apoio de ISPs

WDC oficializa novo posicionamento de mercado com foco na ampliação de verticais
Vanderlei Rigatieri, CEO da WDC, durante o Investor Day; empresa busca M&A com negócios especializados em gestão de redes (crédito: Reprodução)

A WDC Networks oficializou, nesta quinta-feira, 5, o seu novo posicionamento de mercado, cujo objetivo é se tornar uma fornecedora de soluções, sobretudo no modelo tecnologia como serviço (TaaS, do inglês “technology as a service”), para diversas verticais.

Parte dessa nova estratégia envolve um aprofundamento na relação com os provedores de serviços de internet (ISPs), como antecipado ao TS em junho, e fusões e aquisições (M&A) com negócios especializados em gerenciamento de serviços.

Na prática, a distribuidora quer deixar de apenas vender produtos, como cabos ópticos e roteadores, para se posicionar como fornecedora de toda a infraestrutura tecnológica para o setor empresarial.

“Até 2023, o mindset era vender e alugar produtos. O cliente queria saber o preço e o prazo de entrega. Mas falamos que iríamos mudar, ser uma empresa de soluções e focar em verticais”, afirmou Vanderlei Rigatieri, fundador e CEO da WDC, durante o evento Investor Day, realizado no escritório da empresa em São Paulo.

Desta forma, a partir deste ano, a empresa busca ganhar capilaridade nas verticais de varejo (especialmente supermercados), concessionárias (rodovias, portos e aeroportos), educação, hospitalidade (hospitais e hotéis) e indústria, além de telecomunicações.

Rigatieri destacou que a empresa atende cerca de 1,5 mil ISPs no País, em um mercado que conta com aproximadamente 8,1 mil CNPJs (ou seja, provedores formalizados). No varejo, só o número de supermercados contabiliza 415 mil CNPJs no território nacional, o que amplia significativamente o campo de atuação da distribuidora.

Caminho para o B2B

Para pôr em prática a nova estratégia, a WDC vai ampliar a rede de parceiros, incluindo canais de venda, integradores e revendedores. Neste caso, a intenção é estimular os ISPs a crescerem no segmento corporativo.

“Os provedores também precisam mudar. Na base de assinantes deles, 95% dos clientes são residenciais. Eles não sabem o que é vender para empresas, só vendem conectividade. Então, estamos ampliando o nosso portfólio de segurança eletrônica, cibersegurança, mídia e entretenimento”, explicou o executivo. “A rede de fibra, o mais difícil, já está pronta. O que temos que fazer agora é pôr o produto na mão do ISP para ele vender”, resumiu.

Rigatieri ainda comentou que a equipe de design center passa a trabalhar com foco na entrega de soluções que atendam às necessidades de cada vertical – por exemplo, painel de LED para veiculação de propagandas em supermercados e infraestrutura de rede para escolas.

A empresa também planeja realizar aquisições com foco na prestação de serviços, especialmente de gestão de rede, NOC/SOC, gerenciamento de conteúdo em painel de LED e painel fotovoltaico por assinatura.

“Temos uma expectativa muito grande de crescimento. Daqui a cinco anos, posso garantir que a empresa vai ser muito diferente da qual o mercado conheceu no nosso IPO em 2021”, frisou o CEO.

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