O bloqueio da rede social X (anteriormente Twitter) no Brasil, ordenado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, provocou um aumento expressivo na procura por serviços de VPN no país. A NordVPN, uma das principais fornecedoras dessa solução, conduziu um estudo que destaca o crescimento da conscientização e do uso de Redes Virtuais Privadas entre os brasileiros.  

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A pesquisa também revelou que mais de 60 milhões de pessoas usam algum serviço de VPN, o que representa um terço da população nacional. A segurança é uma questão fundamental: 46% dos entrevistados afirmaram que utilizam o serviço para proteger seus dispositivos e contas online. No entanto, a maioria recorre às opções gratuitas (52,4%), menos eficazes, enquanto apenas 39% pagam por provedores de VPN e 12,2% usam serviços corporativos.  

Ainda, 35% dos respondentes indicaram a proteção da privacidade como motivo para utilização de VPNs. Esses números indicam crescente conhecimento e adoção de ferramentas de segurança digital no país, especialmente em um contexto de maior vigilância e bloqueios como o ocorrido com o X.  

Dessa forma, a tendência é que o uso de VPNs continue a crescer, especialmente em situações em que o acesso a informações e plataformas digitais é restringido por decisões judiciais ou governamentais que impedem a população de exercer seu direito de liberdade digital, princípio fundamental que norteia a fundação da internet livre desde os primórdios dos cypherpunks.  

“Em meio a esse cenário turbulento, nós reafirmamos nosso compromisso com a liberdade digital. Nosso objetivo é fornecer acesso irrestrito à internet para as pessoas ao redor do mundo inteiro. Defendemos a independência digital, o livre fluxo de informações e a liberdade de expressão. Assim, vamos continuar oferecendo nossos produtos através dos canais disponíveis em todo o globo”, declara Laura Tyrylyte, chefe de relações públicas globais na Nord Security.  

“Além disso, notamos um aumento de 426% nas buscas por serviços de VPN no Brasil entre 29 e 31 de agosto, potencialmente mostrando uma enorme demanda por maneiras de contornar a proibição. Esses picos na demanda por VPNs não são incomuns. Sempre que um governo anuncia um aumento na vigilância, restrições de internet ou outros tipos de restrições, as pessoas recorrem a ferramentas de privacidade”, finaliza Laura.  

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