A estatal brasileira Petrobras anunciou que vai adquirir cinco novos supercomputadores a partir de um investimento de R$ 500 milhões. A operação faz parte de uma estratégia da companhia de modernizar e atualizar o próprio parque tecnológico.
De acordo com o comunicado oficial, um dos High Performance Computers (HPCs) comprados custa R$ 435 milhões sozinho. Ele teria o processamento “equivalente a cerca de 10 milhões de celulares e 200 mil notebooks” e todos os novos equipamentos têm previsão para começarem a operar já em 2025.
- Saiba mais: Os 10 supercomputadores mais rápidos do mundo
Esse modelo pesa cerca de 50 toneladas e tem 50 metros de comprimento, com 73 PFlops de performance — sendo um petaflop o equivalente a 1 quatrilhão de operações por segundo.
O Dragão, que será desligado para o novo modelo entrar em operação (Rafael Wallace/Agência Petrobras )
Os novos computadores foram comprados da Lenovo, que venceu uma licitação, e fazem parte do plano estratégico da companhia para os anos de 2024 a 2028. Os modelos atualmente em operação Fênix, Atlas e Dragão serão desligados e substituídos pelo HPC mais moderno.
O uso dos supercomputadores na Petrobras
O HPC será usado em especial pelos geofísicos da Petrobras, que agora conseguirão processar dados sísmicos e gerar imagens detalhadas do subsolo em menos tempo.
O objetivos desses estudos em 3D é encontrar possíveis reservatórios de petróleo e gás difíceis de serem avaliados por outros instrumentos ou no processamento atual de dados. Esse equipamento é especialmente útil para avaliação em territórios de “águas ultra profundas e novas áreas exploratórias” com menor risco para profissionais e precisão na identificação de elementos aproveitáveis.
Montado em 2022, o Pégaso também faz o processamento de dados geofísicos e deve permanecer em funcionamento.
O Pégaso, um dos HPCs da estatal (Felipe Gaspar / Agência Petrobras)
A Petrobras é referência da América Latina em capacidade computacional e eficiência sustentável no campo dos supercomputadores. A companhia ocupou a liderança continental nos últimos quatro anos do ranking Top500.org de análise dos HPCs mais poderosos do mundo.