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Desativação de redes 2G e 3G deve custar R$ 10 bilhões até 2028

Desativação de 2G e 3G terá impacto de R$ 10 bilhões, diz estudo
Estudo estima em R$ 10 bilhões o impacto da desativação das redes 2G e 3G (crédito: Freepik)

A migração de dispositivos de Internet das Coisas e comunicação máquina a máquina (IoT/M2M) configurados em redes 2G e 3G para tecnologias mais modernas deve custar R$ 10 bilhões até 2028, estima um estudo divulgado pela operadora móvel virtual (MVNO) Links Field. O impacto financeiro leva em conta a aquisição de novos aparelhos e a adoção de serviços de substituição.

O desligamento das redes 2G e 3G vem sendo discutido pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Fornecedores globais estimam que esse processo, em andamento em diversas partes do mundo, atingirá o ápice no ano que vem.

O relatório da Links Field aponta que os mercados de rastreamento e de pagamento serão os mais atingidos pela transição tecnológica, o que inclui a aquisição de dispositivos, troca de equipamentos e serviços agregados. A operadora estima que, de 2024 a 2028, quase 12 milhões de aparelhos de IoT/M2M sejam substituídos no Brasil.

Mercado brasileiro

De acordo com o estudo, o mercado brasileiro de IoT/M2M tem apresentado um crescimento consistente desde 2012. Naquele ano, havia aproximadamente 6,8 milhões de dispositivos conectados em todo o País. No ano passado, o número subiu para 43 milhões.

No período de 2012 a 2023, a taxa de crescimento anual composta (CAGR, na sigla em inglês) do mercado brasileiro foi de 18,32%, índice que superou a média anual projetada, aponta o relatório.

O estudo ainda estima que, com um CAGR de 10%, o Brasil terá mais de 88 milhões de dispositivos IoT/M2M conectados por rede celular até 2030. O crescimento no País deverá ser quase o dobro do ritmo global, levando o mercado nacional a representar 68% das conexões IoT/M2M na América Latina.

“Acredito que a transição de tecnologia é uma oportunidade para inovação e crescimento. No entanto, entendo que é um processo complexo e repleto de incertezas. Questões de compatibilidades de dispositivos entre redes antigas e novas é um desafio, outro ponto é a velocidade com que os usuários atualizarão seus dispositivos”, diz Marcos Betiolo, sócio fundador e CTO da Links Field.

O relatório ainda lembra que TIM e Vivo, via acordo de compartilhamento de redes (também conhecido como RAN sharing), tem trabalhado para consolidar as infraestruturas. Neste caso, quando uma empresa desliga sua rede em determinada localidade, os clientes são atendidos pelo serviço ativo da outra operadora. Até junho deste ano, essa iniciativa já chegou a 1,3 mil cidades e resultou na desativação de 6,4 mil antenas pelas duas empresas.

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