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Algar Telecom registra prejuízo líquido de R$ 27 milhões

A Algar Telecom teve registrou aumento nas receitas, mas também teve prejuízo líquido de R$ 27 milhões no segundo trimestre deste ano. Esse resultado, divulgado na terça-feira, 6, é menor que o prejuízo do primeiro trimestre de 2024, que foi de R$ 54,7 milhões, e do segundo trimestre de 2023, que foi de R$ 35,7 milhões.

De acordo com a Algar Telecom, a redução do prejuízo líquido no segundo trimestre se deve a uma diminuição nas despesas financeiras. Essas despesas somaram R$ 104,5 milhões, representando uma queda de 20,1% em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Essa redução nas despesas financeiras foi um fator crucial para a diminuição do prejuízo da empresa.

No entanto, é importante observar que os custos e as despesas operacionais da Algar Telecom aumentaram. Entre abril e junho, esses custos subiram 3,9% em relação ao mesmo período do ano passado. Um dos principais componentes desse aumento foram os gastos com depreciação e amortização, que cresceram 5,6%. Esse crescimento foi impulsionado pela expansão da base de clientes tanto no segmento B2B (empresas) quanto no B2C (consumidores finais).

A empresa justificou que esses investimentos são necessários para sustentar o crescimento e a qualidade dos serviços oferecidos, mas eles também contribuem para um aumento nas despesas operacionais no curto prazo.

Receitas em alta

No segundo trimestre, a operadora registrou receita líquida de R$ 699,3 milhões, um aumento de 3,5% em relação ao ano anterior. O setor B2C teve um crescimento de 9,7%, alcançando R$ 233,6 milhões. A receita em banda larga fixa cresceu 12,2%, telefonia móvel 2,6% e serviços de valor adicionado (SVAs) 79,8%, enquanto a telefonia fixa caiu 17,8%.

A empresa adicionou 21,8 mil novos clientes em fibra, totalizando 563,1 mil assinantes, que representam 99,4% dos acessos. O crescimento dos SVAs foi impulsionado por serviços de gestão de WiFi, segurança e saúde.

No B2B, a Algar teve um aumento de 0,6% no faturamento, totalizando R$ 465,7 milhões. As vendas de TIC cresceram 21,4%, mas serviços de conectividade e telefonia celular caíram 6,2% e 10%, respectivamente, com a receita móvel sendo afetada por uma queda de 17% em M2M. No setor fixo, a redução se deve a cancelamentos e renegociações devido ao endividamento de pequenas e médias empresas.

No segundo trimestre, o EBITDA foi de R$ 266,8 milhões, com um crescimento de 2,7% em relação ao ano anterior, e a margem ficou em 38,1%. A Algar investiu R$ 156 milhões, sendo 45% em ativação de clientes, 23% em manutenção, 15% em redes, 11% em telefonia móvel e 7% em serviços TIC e IoT. A dívida bruta caiu para R$ 3,64 bilhões, enquanto a dívida líquida reduziu para R$ 2,74 bilhões. O índice dívida líquida/EBITDA foi de 2,78.

Por fim, a Algar anunciou que Luiz Alexandre Garcia, que foi presidente do conselho por cinco anos, assumiu o cargo de CEO no fim de julho. A empresa foca em aumentar a eficiência operacional, otimizar processos e utilizar soluções digitais para reduzir custos. “Estamos maximizando o uso do capital investido e da nossa infraestrutura existente para melhorar a produtividade, gerar caixa e reduzir a alavancagem, preparando-nos para novas estratégias“, diz a companhia.

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