Teste: Jeep Commander Blackhawk 2025 é a versão definitiva do SUV familiar

Desde que a Stellantis lançou a picape Rampage em junho do ano passado, sob a marca Ram, a expectativa do público para ver o novo motor 2.0 turbo nos modelos da Jeep foi nas alturas. A espera acabou e, finalmente, Compass e Commander adotaram a nova motorização para a linha 2025 em duas configurações inéditas.

O TecMundo passou dez dias ao volante do irmão maior, o Commander, na nova versão Blackhawk que passa a ser a mais cara da linha, para ver como o novo motor se comporta na carroceria do SUV de sete lugares. Rodamos mais de 1.300km por ruas e estradas, a fim de analisar onde o utilitário melhorou e onde ainda precisa se acertar.

Tabelada atualmente em R$321.290, a variante Blackhawk aposta em um visual “malvado” com detalhes externos em preto brilhante e cromado escurecido, bem como rodas aro 19 exclusivas e pinças de freio vermelhas. Quem não conhece o modelo pode vir a pensar que se trata de uma customização feita pelo proprietário, pois o estilo está em alta e é isso o que a Jeep quer.

Na traseira, duas ponteiras de escape e emblema Blackhawk identificam a versão.Na traseira, duas ponteiras de escape e emblema Blackhawk identificam a versão.Fonte:  Yuri Ravitz 

Mas é debaixo do capô que as coisas ficam realmente interessantes. A versão Blackhawk traz o motor 2.0 turbo a gasolina conhecido como Hurricane 4, capaz de entregar até 272cv e 40,8kgfm que são gerenciados por uma caixa automática de nove marchas. Com isso, são necessários 7 segundos para ir de 0 a 100km/h e a máxima é de 220km/h.

Munido do sistema de tração 4WD com reduzida e modo de operação automático, o Blackhawk anda muito mais do que as outras versões com motor 1.3 turboflex ou 2.0 turbodiesel. Falando nisso, a versão Overland da linha 2025 também pode ser equipada com o Hurricane 4 e passa a ser a única que ainda conta com a opção do motor diesel.

Para lidar com todo o desempenho extra do novo 2.0 turbo, a Jeep promoveu alterações na mecânica geral: os freios receberam discos maiores que chegam a 330mm na dianteira, novas pinças e bomba de vácuo, enquanto a suspensão teve molas e amortecedores recalibrados para entregar mais firmeza quando o SUV for exigido em trechos sinuosos.

Bancos são exclusivos e trazem o nome Blackhawk bordado.Bancos são exclusivos e trazem o nome Blackhawk bordado.Fonte:  Yuri Ravitz 

A lista de equipamentos traz itens como: bancos dianteiros com ajustes elétricos e duas memórias para o do condutor, conjunto ótico inteiramente em LEDs, teto solar panorâmico, sensores dianteiros e traseiros de estacionamento, painel de instrumentos 100% digital, som Harman Kardon com 450w de potência, sete airbags, entre inúmeros outros.

A Jeep investiu em condução semiautônoma de nível 2 e aprimorou os recursos já existentes. Há piloto automático adaptativo com Stop&Go (pode ser usado em congestionamentos), assistente de faixa com centralização e condução em curvas, assistente de frenagem de emergência, farol alto automático e leitor de placas de trânsito. Não há opcionais.

Falando sobre desempenho, o Commander Blackhawk é absolutamente dócil na direção urbana, se comportando com a mesma calmaria das demais variantes. Chega a incomodar em algumas situações, pois a transmissão insiste em esticar as marchas sem necessidade tal qual acontece nos T270 com câmbio de seis velocidades, o que só serve para piorar o consumo.

2ª fila de bancos pode ser deslocada para a frente, melhorando o espaço na 3ª fila.2ª fila de bancos pode ser deslocada para a frente, melhorando o espaço na 3ª fila.Fonte:  Yuri Ravitz 

Apesar disso, nossa média de 12,5km/l foi surpreendentemente satisfatória para um carro de quase 1.900kg e que anda como ele. A propósito, é na estrada que o Commander Blackhawk mostra o poder do 2.0 turbo, pois ele ganha velocidade com uma rapidez de causar espanto e inveja a modelos mais caros. Retomadas e ultrapassagens são feitas sem dificuldade.

O novo acerto da suspensão passa mais segurança sem comprometer o conforto e os freios param o grandalhão com eficiência. Além disso, é possível fazer trocas manuais na alavanca de câmbio ou nas aletas do volante e você ainda pode escolher entre modos de condução e de tração, ativando o 4WD LOCK se quiser todas as rodas tracionando o tempo inteiro.

Entretanto, é claro que o Commander Blackhawk não é perfeito. A terceira fila de bancos continua sem saídas dedicadas de ar condicionado e a qualidade da tela do painel de instrumentos deixa a desejar. Além disso, o som Harman Kardon é excessivamente grave e mais parece um Beats, exigindo mudanças no equalizador para melhorar a experiência sonora.

Motor Hurricane 4 cabe justo no cofre do Commander, sem sobras.Motor Hurricane 4 cabe justo no cofre do Commander, sem sobras.Fonte:  Yuri Ravitz 

No final das contas, o Commander já era um bom produto com poucos contras e ficou ainda melhor graças ao motor Hurricane 4. A versão Blackhawk aposta no estilo da moda e, por R$321.290, entrega uma relação custo X benefício difícil de ser superada, a menos que você pense em sair do asfalto de vez em quando – nesse caso, os SUVs maiores montados sobre chassi como o Toyota SW4 ou o Chevrolet Trailblazer, por exemplo, são mais indicados.

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