A cidade do Rio de Janeiro vai utilizar uma ferramenta de data analytics para analisar o fluxo de turidas e definir políticas públicas do setor. O contrato foi estabelecido entre a Embratel e a Secretaria Municipal de Turismo da Cidade do Rio de Janeiro (SMTUR Rio) para o fornecimento da solução Claro GeoData.
As análises geradas pela tecnologia da Embratel já estão apoiando na tomada de decisões estratégias para a aplicação de políticas públicas e campanhas de turismo mais certeiras. Também está mensurando os resultados de ações já realizadas pela prefeitura.
Segundo a Embratel, o Claro GeoData consegue analisar o fluxo de turistas da cidade, incluindo o tempo médio de estadias; a origem dos visitantes (considerando outras cidades, estados e países); o perfil sociodemográfico; os dias mais frequentados do ano; horários de mais movimento de cada atração turística; e até os destinos mais cobiçados do município.
Os dados analisados são obtidos por meio de eventos gerados pelos celulares na rede de telefonia móvel da Claro, que são anonimizados e agrupados. Dessa forma, a Secretaria tem acesso a bilhões de dados tratados e analisados com técnicas avançadas e modernas, totalmente de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados Pessoais (LGPD), pois as informações acessadas são estatísticas e não identificáveis.
“A plataforma da Embratel entrega informações apuradas sobre o fluxo e deslocamento de pessoas com assertividade superior a 95% graças a tecnologias embarcadas como Machine Learning”, afirma Maria Teresa Lima, Diretor-Executiva da Embratel para Governo. De acordo com a executiva, a plataforma já está fornecendo importantes indicativos e insights para tornar a cidade ainda mais receptiva aos turistas do mundo inteiro. “Os resultados passam por um tratamento estatístico de extrapolação, o que permite uma precisão maior do fluxo de pessoas”.
Por meio da solução da Embratel, a cidade do Rio de Janeiro vem ampliando sua abordagem de Smart City. As análises realizadas para a Secretaria utilizam dois tipos de coleta de dados. A primeira integra os números de chegadas mensais de turistas de fora da região metropolitana, que ficam mais de 24 horas no município. Visitantes considerados regulares, que permanecem na cidade com frequência superior a 14 dias durante um mês, são categorizados como trabalhadores e estudantes, por exemplo, e não são contabilizados nesta seleção.
A solução considera a quantidade de pessoas que chegam por todos os meios de transporte à cidade, indo além dos tradicionais, como ônibus de viagens, aviões e cruzeiros marítimos. Portanto, turistas que chegam ao Rio de Janeiro com carros particulares, ônibus e bicicletas também são considerados. Assim, o Claro GeoData agrega todas as informações necessárias para um fornecimento de análises mais assertivo.
O segundo tipo de coleta possibilita analisar os atrativos turísticos. Neste caso, a plataforma da Embratel realiza zoneamentos de pontos importantes para o turismo na cidade, seguindo as orientações da Secretaria. A partir dos dados reunidos, o órgão consegue entender o número de pessoas que frequentam esses espaços, sejam turistas ou residentes, para identificar quais são os principais locais de lazer e entretenimento que geram interesse na cidade. Dessa forma, a Secretaria pode analisar quais localidades precisam receber melhorias na infraestrutura e dos serviços oferecidos, por exemplo.
De acordo com Daniela Maia, Secretária Municipal de Turismo do Rio de Janeiro, o Claro GeoData já possibilitou identificar que o número de estrangeiros que a cidade recebe está menor do que a sua capacidade. Por outro lado, o turismo doméstico é maior do que o esperado. Ainda, já foi possível observar os locais mais procurados pelos visitantes, como atrações do centro da cidade. “As análises geradas pela plataforma também serão utilizadas em pesquisas e na gestão de empreendimentos turísticos diversos, para apoiar ainda mais o crescimento do turismo do Rio de Janeiro”, diz.