Em 2023, a indústria de satélites somou 9.691 satélites ativos que orbitavam a Terra e enviados 2.781 satélites comerciais, um aumento de 20% em comparação com o ano anterior. A receita global da indústria de satélites cresceu 2% em comparação com 2022. Essa informação veio do relatório State of Satellite Industry, realizado pela consultoria Bryce Space and Technology para a SIA – Satellite Industry Association (EUA). De acordo com esse relatório, em 2023, a economia espacial global gerou receitas de US$ 400 bilhões (R$ 2,2 trilhões). A indústria comercial de satélites continuou a ser o segmento dominante entre aqueles ligados ao espaço, gerando US$ 285 bilhões (R$ 1,3 trilhão) de receitas, um crescimento de 2% em relação a 2022, e uma participação de 71% da economia espacial mundial.
Serviços como telecomunicações e sensoriamento remoto representam uma receita de US$ 110,2 bilhões (R$ 623,5 bilhões); os equipamentos de terra e de navegação por satélite (GNSS), US$ 150,4 bilhões (R$ 851 bilhões); a fabricação de satélites, US$ 17,2 bilhões (R$ 97,3 bilhões); os lançamentos, US$ 7,2 bilhões (R$ 40,7 bilhões); o orçamento espacial do governo e voos espaciais comerciais, US$ 114 bilhões (R$ 646,1 bilhões). As atividades de sustentabilidade no espaço representaram US$ 300 milhões (R$ 1,6 bilhão) de acordo com o SSIR.
Recorde de satélites em órbita
Em alta, pelo sexto ano consecutivo, a indústria lançou em órbita um número recorde de satélites comerciais, de acordo com a SIA. Durante 2023, foram enviados 2.781 satélites comerciais, um aumento de 20% em comparação com o ano anterior, enquanto a indústria espacial mais uma vez realizou o maior número de lançamentos (190) na história. No final de 2023, um total de 9.691 satélites ativos orbitavam a Terra, um aumento de 361% nos últimos cinco anos.
Atualmente, 69% dos satélites em operação são dedicados a comunicações comerciais; 3% às comunicações governamentais; 12% sensoriamento remoto e observação da Terra; 9% R&D comunicações não comerciais; 2% navegação; 3% vigilância militar; 2% científico. Entre os satélites operacionais, 625 são GEO, um aumento de 5% em relação a 2023.
Ainda de acordo com o relatório, a inovação tecnológica continuou a impulsionar o aumento da acessibilidade e da produtividade. E mais, a fabricação de satélites, equipamentos terrestres e receitas de lançamento continuaram a aumentar em 2023. A receita de banda larga via satélite cresceu 40%, enquanto o número de assinantes aumentou 27%.