O FEBRABAN TECH, um dos maiores eventos de tecnologia e inovação para o setor financeiro no Brasil, reuniu mais de 55 mil visitantes e experts do mercado, que trouxeram reflexões acerca do tema central “A jornada responsável na nova Economia da IA” e fintechs brasileiras. Saiba mais!
De 25 a 27 de junho, a Federação Brasileira de Bancos realizou a 34ª edição do Febraban Tech. Gustavo Gierun, CEO do Distrito, esteve presente como palestrante e ressaltou o avanço dos serviços financeiros no Brasil. Ele também destacou a posição das fintechs brasileiras globalmente, impulsionada por um ambiente regulatório favorável, talento local qualificado e inovações disruptivas.
Portanto, reforçando um fato: segundo dados do Distrito, o Brasil lidera nos investimentos em fintechs na América Latina, totalizando US$ 10 bilhões em mais de 1000 deals desde 2014.
Durante o painel, outros especialistas, CEOs e CFOs do setor, também compartilharam suas visões sobre os fatores que levaram ao sucesso das fintechs brasileiras e os obstáculos enfrentados na expansão internacional. Confira mais abaixo!
O papel crucial dos reguladores
O Brasil, anteriormente com um mercado bancário concentrado e uma população pouco bancarizada, agora pode desfrutar de soluções trazidas por fintechs que mitigam esse cenário.
Mas para que essas soluções sejam aplicáveis, Gustavo Gierun destacou a disposição dos órgãos reguladores brasileiros, como a CVM e o Banco Central, no avanço dos serviços financeiros no Brasil.
Ou seja, a solicitude desses órgãos em adaptar e atualizar regulamentos permite que as fintechs brasileiras operem de maneira mais flexível e inovadora, contribuindo para a modernização e expansão do setor financeiro no Brasil.
Acesso a capital e bons talentos
Além disso, a disposição de pessoas locais com alto conhecimento do setor financeiro e dispostas a correr riscos, tal como a rápida evolução do mercado, também foram fatores mencionados.
“Eu acho que uma outra característica que fez esse mercado se desenvolver principalmente mais rápido do que as outras indústrias no Brasil foi o acesso a capital… Não adianta você ter grandes problemas, um ambiente que te proporciona inovação, bons empreendedores, grandes talentos, mas não ter dinheiro para permitir com que essa tecnologia seja desenvolvida”, declarou Gierun.
Apesar de ter ocorrido um retrocesso no acesso à capital após o pico de investimentos em 2021, impulsionado pela necessidade de digitalizar serviços financeiros por conta do distanciamento social, quando se compara o Brasil com outros países da América Latina, Gierun afirmou que o sistema financeiro brasileiro e de pagamentos está à frente.
Ele prevê que o Brasil continuará a evoluir mais rápido devido ao apetite regulatório e à criatividade dos empreendedores locais.
Internacionalização e Impacto Global
Se tratando da expansão das fintechs brasileiras para além do território nacional, Antonio Soares, CEO da Dock, compartilhou sua experiência no assunto.
Ele destacou a adaptação do modelo de negócios e a importância da regulamentação local como fatores. Enquanto Thiago Bertoni, Diretor de Vendas da Pismo, falou sobre adaptação cultural no que diz respeito à contratação de talentos locais para liderar operações em novas regiões.
Diante disso, João Del Valle, CEO da EBANX, enfatizou a posição privilegiada do Brasil no cenário financeiro global. Para isso, destacou o Pix como um exemplo de inovação.
Pois, apesar de outros países, como Estados Unidos e México, possuírem sistemas de pagamento instantâneo, a relevância e aderência do Pix é incomparável.
Em vista disso, pode-se observar que a expansão internacional das fintechs brasileiras é um processo que exige adaptação cultural, entendimento regulatório e construção de relações de confiança locais. O sucesso dessas empresas mostra a força da tecnologia e da inovação brasileira no cenário global.