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Dívida do Grupo TIM cai para 8,1 bi de euros após venda da NetCo

Grupo TIM reduz dívida líquida para 8,1 bilhões de euros após venda da NetCo
Grupo TIM reduz dívida com a venda da NetCo (crédito: Divulgação)

A dívida financeira líquida após aluguéis do Grupo TIM (antiga Telecom Italia), dono da TIM Brasil, caiu para 8,1 bilhões de euros (aproximadamente R$ 49,5 bilhões) depois da venda da NetCo, unidade de rede fixa cujo controle foi passado para a KKR, de acordo com informações do balanço financeiro do segundo trimestre da operadora, divulgado nesta quarta-feira, 31.

O fundo norte-americano comprou o ativo de infraestrutura fixa da TIM italiana em um negócio avaliado em 22 bilhões de euros (R$ 134,6 bilhões). O mote para a venda da unidade sempre foi a redução do endividamento da companhia.

O processo de alienação do ativo foi concluído no dia 1º de julho. A operadora italiana informou que, ao se desfazer da unidade, a dívida financeira líquida seria reduzida em 13,8 bilhões de euros (R$ 84,44 bilhões). Na prática, ao fim do segundo trimestre, no dia 30 de junho, o Grupo TIM ainda registrava uma dívida líquida ajustada de 21,5 bilhões de euros (R$ 131,35 bilhões). A desalavancagem foi contabilizada no primeiro dia do mês de julho.

“A TIM finalizou a venda da NetCo e adotou um novo modelo de negócios que permitirá ao Grupo competir de forma mais eficaz, graças a um maior foco no setor de componentes industriais e graças à redução da dívida financeira”, afirma a tele, em trecho do comunicado financeiro.

A operadora manterá uma relação comercial com a NetCo por meio de um Acordo Mestre de Serviço (MSA, na sigla em inglês), válido por 15 anos, podendo ser renovado por igual período.

Segundo o Grupo TIM, com base nos resultados do primeiro semestre, numa comparação ajustada da venda do ativo, a empresa elevaria o Opex em cerca de 100 milhões de euros para ter acessos a serviços, ao passo que reduziria o Capex em aproximadamente 900 milhões de euros ao retirar a manutenção da NetCo dos seus negócios.

Resultados financeiros

No segundo trimestre, em uma comparação descontando os efeitos da NetCo nos balanços anteriores, a receita do Grupo TIM cresceu 4,2% ante o mesmo período do ano passado, alcançando 3,6 bilhões de euros (R$ 22 bilhões).

A receita doméstica avançou 2,7%, puxada pelos ganhos da TIM Enterprise, divisão corporativa da operadora, que cresceu 7,3%. A Sparkle, braço de atacado e cabos submarinos, registrou alta de 5,3%, enquanto as vendas ao consumidor caíram 0,2%. A TIM Brasil também contribui positivamente para os resultados, com alta de 7,5% na receita.

Entre abril e junho, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) totalizou 1,12 bilhão de euros (R$ 6,85 bilhões), 7,4% superior ao registrado no mesmo intervalo do ano passado. Em números absolutos, a contribuição doméstica (563 milhões de euros) superou por pouco a brasileira (560 milhões de euros).

Os investimentos somaram 420 milhões de euros (R$ 2,56 bilhões), baixa interanual de 7,5%. Na Itália, a TIM desacelerou os desembolsos para TI e plataformas móveis. No Brasil, onde o capex cresceu 3% no primeiro semestre, a empresa aumentou os aportes na tecnologia 5G e em segurança cibernética.

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