Em debate no Brasil, os desligamentos das redes 2G e 3G estão acelerando pelo mundo, devendo atingir o ápice em 2025, indica relatório da GSA, associação global de fornecedores de equipamentos para redes móveis.
Até junho deste ano, a entidade contabiliza 192 procedimentos para interrupção dos serviços 2G e 3G em 68 países e territórios. Desse total, 93 já foram concluídos, 88 estão em fase de planejamento e 11 estão em processo de desligamento.
Como comparação, em dezembro do ano passado, o total somava 177 procedimentos espalhados por 59 nações.
Segundo a GSA, o apogeu dos desligamentos das redes celulares legadas deve ocorrer no ano que vem. A expectativa é de que 32 operadoras desliguem redes 2G e 16 encerrem serviços 3G em 2025.
Confira, a seguir, um balanço sobre os desligamentos das redes celulares até junho deste ano.
2G
• 37 operadoras de 22 países e territórios já encerraram o serviço 2G;
• 50 operadoras têm planos para desligar a rede;
• Seis operadoras estão em processo de desligamento da rede.
3G
• 54 operadoras em 30 países e territórios já encerraram o serviço 3G;
• 37 operadoras têm planos para desligar a rede;
• Cinco operadoras estão em processo de desligamento da rede
Atualização da rede
De acordo com o relatório da GSA, 43,5% das operadoras, após o desligamento das redes 2G e 3G, planejam atualizar as suas tecnologias para os serviços 4G e 5G. Outros 39,7% miram apenas o 4G, enquanto 7,6% vão migrar para o 5G.
Conforme a pesquisa, 7,6% planejam atualizar as redes para serviços 3G e 4G, ao passo que a 1,2% devem fazer atualizações para as redes de terceira, quarta e quinta gerações.
Continentes
No recorte geográfico, a Europa lidera os desligamentos das redes legadas, sendo responsável por mais da metade (52%) dos procedimentos, incluindo desligamentos já efetivados, planejamentos e redes em processos de descontinuidade. A Ásia também tem representatividade significativa (22%) nestes procedimentos pelo mundo.
Juntos, América Latina e Caribe (8%), América do Norte (7%), Oceania (6%) e Oriente Médio e África (5%) são responsáveis por pouco mais de um quarto dos processos de encerramento dos serviços 2G e 3G.
Nas Américas, inclusive, apenas Estados Unidos, Colômbia e Venezuela têm operadoras que desligarem a rede de segunda geração. Teles no Chile e na Costa Rica estão em fase de planejamento.
No caso do 3G, o serviço foi encerrado apenas por operadoras nos Estados Unidos. Há casos em andamento na Argentina.