A Telefônica – Vivo defende que a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) deixe novo leilão de espectro para 2028, ao invés de a partir de 2025, como está previsto. Para a operadora, o prazo é necessário para dar “equilíbrio” frente às obrigações já assumidas no leilão do 5G.
O pleito foi apresentado pelo diretor de Estratégia Regulatória da Telefônica – Vivo, Anderson Azevedo Gonçalves em Workshop de Espectro, evento realizado pela Anatel nesta terça.
“Como o leilão do 5G foi recente, as operadoras seguem em plena implementação das suas obrigações bilionárias, e esse prazo [para cumprir] vai até 2029 […]. Nesse sentido, na visão da Vivo, os próximos leilões deverão ser no médio prazo, a partir de 2028. Isso é uma visão que daria equilíbrio ao que já está em implementação nesse momento”, disse.
Faixa de 600 MHz
Ainda durante a apresentação, a Vivo reforçou o entendimento de que a faixa de 600 MHz é importante para cobrir a área rural. O mesmo foi defendido também pelo CEO da Brisanet, Roberto Nogueira também no workshop. As prestadoras levam em conta o aumento da demanda pelo consumo nas localidades.
O superintendente de Outorgas e Recursos à Prestação da Anatel, Vinícius Caram, apresentou nesta manhã as possíveis destinações para faixas de frequência em estudo pela autarquia e que devem servir de base para as próximas licitações. Para a faixa de 600 MHz, estuda-se uma camada de underlay [que permite a divisão de serviços] para a rede móvel, atendendo “seja as prestadoras atuais ou novos entrantes”, de acordo com o superintendente.
A Faixa de 600 MHz também é foi parte do pleito do setor de radiodifusão para a TV 3.0. No entanto, a Anatel confirmou também nesta tarde que a nova tecnologia de televisão deve ser abrigada na faixa de 300 MHz, e tem proposta a ser apresentada ao Conselho Diretor da Agência até o final de julho.