O Grupo TIM (antiga Telecom Italia) informou, nesta segunda-feira, 24, a data em que deve concluir a venda da NetCo, sua unidade de infraestrutura de rede fixa no território italiano, para o fundo norte-americano KKR. O negócio deve ser concluído na próxima segunda-feira, dia 1º de julho.

Em comunicado, a operadora italiana, dona da TIM Brasil, destacou que data foi firmada em conjunto com a KKR. Na prática, após a conclusão do negócio, a NetCo passará a ser administrada pela Optics BidCo, subsidiária da compradora.

O Grupo TIM fechou um acordo de 18,8 bilhões de euros (aproximadamente R$ 108,7 bilhões) com a KKR em novembro do ano passado pela venda da unidade de rede fixa. O valor da transação pode subir para 22 bilhões de euros (R$ 127,2 bilhões) caso algumas condições previstas em contrato sejam atingidas.

Acionistas da operadora, como a Merlyn Partners, criticaram a negociação, chegando a sugerir, inclusive, a venda da TIM Brasil como forma de reduzir a dívida da holding de telecomunicações. A Vivendi, por sua vez, maior acionista individual do Grupo TIM, abriu um processo contra a empresa na Justiça italiana. Vale lembrar que a decisão tomada pelo conselho não foi levado para apreciação dos acionistas.

Há pouco menos de um mês, a União Europeia aprovou o acordo entre TIM e KKR, tirando da frente qualquer obstáculo regulatório que poderia atrapalhar o negócio.

No primeiro trimestre deste ano, a diretoria do Grupo TIM divulgou o seu plano industrial para o período de 2024 a 2026. Já levando em conta a alienação da NetCo, a companhia projeta alta nas receitas de 3% a uma taxa de crescimento anual composta (CAGR, na sigla em inglês) durante esse período.

A operadora italiana também planeja vender a Sparkle, braço de atacado e de cabos submarinos. Até o momento, contudo, não recebeu proposta considerada adequada pelo ativo.

Calendário

Com a conclusão do negócio, o Grupo TIM informou que alterou o seu calendário de divulgação de dados financeiros. Com isso, o conselho de administração se reunirá no dia 31 de julho para examinar os resultados preliminares do segundo trimestre (abril a junho). A aprovação definitiva fica para 26 de setembro. Já a aprovação do balanço do terceiro trimestre (julho a setembro) deve ser feita no dia 13 de novembro.

No intervalo de janeiro a março deste ano, a dívida da empresa teve um incremento de quase 1 bilhão de euros.