Buscando expandir o portfólio de produtos e serviços para provedores de internet, a FiberX lançou, nesta quarta-feira, 12, a Velds, uma marca dedicada ao mercado de casa conectada. A empresa aproveitou o Encontro Nacional Abrint 2024 para apresentar a unidade em detalhes.
Após dois anos em planejamento, a Velds chega ao mercado com quase 60 equipamentos de fabricação própria, incluindo câmeras para ambientes internos e externos, automação de iluminação, robô aspirador e claraboia que simula a luz solar. Alguns comandos são feitos usando a Alexa, a assistente virtual da Amazon.
O portfólio ainda inclui sensor de radar que acompanha a frequência de batimentos cardíacos, sendo capaz de identificar quantas pessoas estão no ambiente e, em seguida, alterar o volume da TV e a temperatura do ar condicionado.
A linha, na prática, se trata da nova vertical de negócios da FiberX, que planeja explorar o mercado de casa conectado em parceria com prestadores de banda larga. Os produtos serão vendidos ao cliente final exclusivamente por meio de provedores de serviços de internet (ISPs).
“Entendemos que o provedor está brigando por receita e reduzindo preço. Internet virou commodity”, disse Aluisio Maykot Serafim, head de Produtos da FiberX, em conversa com o Tele.Síntese (TS). “Percebemos que ele pode entregar mais do que isso, até porque ele é o cara da tecnologia nas pequenas cidades. O nosso produto chega como uma solução completa”, acrescenta.
Novos negócios para ISPs
De acordo com Serafim, os clientes “early adopters” já buscaram equipamentos de casa conectada de forma avulsa. No entanto, “muita gente precisa de ajuda para instalar” – e é esse ponto que o provedor pode explorar. A ideia é que o técnico que instala banda larga na casa do assinante se torne uma espécie de vendedor de produtos de casa conectada. A parceria entre a Velds e os ISPs também contempla treinamento e capacitação.
Os equipamentos funcionam com conectividade Bluetooth ou na frequência de 2,4 GHz. Para melhor uso dos dispositivos, a recomendação é de plano de internet de pelo menos 250 MB. A banda tende a variar conforme as exigências do cliente e a quantidade de aparelhos conectados. Desse modo, cabe ao provedor empacotar o serviço de banda larga mais adequado.
A expectativa da Velds é de vender mais de 100 show rooms a ISPs durante a Abrint. Na prática, o provedor precisa adquirir a “vitrine” de produtos, instalá-la em sua loja e, depois, comercializar os equipamentos aos assinantes.
“A loja do provedor não pode ser só um lugar para pagar boleto. Dá para fazer muito mais lá”, pontuou Serafim.