A Ericsson anunciou, nesta segunda-feira, 3, a conclusão de um programa de monitoramento e conformidade estabelecido com autoridades dos Estados Unidos há quatro anos. O acompanhamento decorreu de um acordo anticorrupção firmado com instituições norte-americanas após acusações de suborno para ganhar licitações em outros países.
O monitoramento independente foi instituído em 2020 como parte de um termo firmado no ano anterior entre a Ericsson e o Departamento de Justiça dos Estados Unidos (DOJ, na sigla em inglês), na esteira de uma investigação sobre as atividades da empresa em países como China, Vietnã e Djibuti, localizado no chifre da África.
À época, a fornecedora de equipamentos de telecomunicações chegou a pagar quase US$ 1,1 bilhão (aproximadamente R$ 5,75 bilhões) em multas.
Em comunicado, a Ericsson ressaltou que, no dia 28 de março deste ano, o monitor notificou o DOJ de que o programa de conformidade anticorrupção da companhia atende aos requisitos necessários, além de estar funcionando de forma eficaz. Na prática, o comitê independente passou os últimos quatro anos analisando, avaliando e testando todos os aspectos do programa global de conformidade anticorrupção e de controles internos da empresa.
“Este é um marco importante na nossa jornada para melhorar a nossa organização. Nos últimos quatro anos, implementámos importantes requisitos e processos de conformidade”, disse o CEO da companhia sueca, Börje Ekholm, em nota. “Nosso compromisso com a integridade é sólido e não toleramos corrupção, fraude ou outras condutas impróprias”, acrescentou.
Este não é o único suposto caso de corrupção investigado por autoridades norte-americanas envolvendo a Ericsson. No ano passado, a fornecedora anunciou uma provisão de 2,3 bilhões de coroas suecas (R$ 1,16 bilhão) para chegar a uma potencial resolução com o DOJ no que diz respeito a uma investigação sobre as suas operações no Iraque.